Couto, Iana Carla2016-07-222016-07-222016-02-26COUTO, Iana Carla. Decretando a morte: um estudo de caso do protocolo de morte encefálica. 84 P. Dissertação de mestrado (Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos) – Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), 2016.https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/602Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de mestra em Estudos Latino-Americanos. Orientador: Prof. Dr. Antonio de la Peña Garcia.O presente trabalho é resultado de um estudo de caso desenvolvido com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos – CIHDOTT, na cidade de Guarapuava, Paraná, no mês de janeiro de 2016. Foram realizadas entrevistas, observações e conversas com os membros da comissão, enquanto os mesmos realizavam o processo com um paciente. Objetiva descrever como é desenvolvido o Protocolo de Morte Encefálica, a partir da perspectiva dos profissionais que fazem o processo que resulta no documento que atesta a morte do indivíduo, mesmo quando o corpo do paciente apresenta sinais de vida. Através disso, busca-se contribuir com estudos relacionados a influências dos avanços tecnológicos na forma com que vivemos e morremos, além de contribuir para os estudos sobre as questões éticas que permeiam a área médica e apresentar os problemas que permeiam o diagnóstico de morte encefálica. O trabalho é divido em três capítulos: o primeiro deles é dedicado aos aspectos históricos relacionados a morte encefálica. No segundo e terceiro, através das falas dos membros da comissão, é descrito como o protocolo é desenvolvido e quais as dificuldades que permeiam o processo. Optouse por uma metodologia qualitativa para o desenvolvimento dessa pesquisa, compreendendo que esse método oferece um diferencial nas pesquisas realizadas sobre a temática. Como resultado foi possível verificar que o processo de decretar a morte encefálica é de difícil realização. Os profissionais, que atendem uma necessidade imposta pelo capitalismo, onde é atribuída a eles a função de tornar pessoas doentes novamente produtivas, sofrem a pressão pela realização de atividades como a do protocolo de morte encefálica. Nesse processo que vai determinar a morte de alguém cuja funções vitais são mantidas em funcionamento faz com que o paciente assuma a condição de cadáver vivo, cuja a finalidade é a sua fragmentação, para doação de órgãos. Garantindo assim, a possibilidade de outras pessoas se tornarem produtivas beneficiadas pelos seus órgãos que foram retirados.This work is the result of a case study developed with a Hospital-Commission on Organ and Tissue Donation - CIHDOTT, in Guarapuava, Paraná, in January 2016. Interviews were conducted in observations and conversations with members the commission while they performed the procedure with a patient. Aims to describe how developed the Brain Death Protocol, from the perspective of the professionals that make the process that results in the document that certifies the death of the individual, even when the body of the patient shows signs of life. Through this, we seek to contribute to studies related to the influence of technological advances in the way we live and die, and contribute to the study of the ethical issues that permeate the medical field and present the problems that pervade the diagnosis of brain death. The work is divided into three chapters: the first one is dedicated to the historical aspects related to brain death. In the second and third, through the speeches of the members of the committee, is described as the protocol is developed and what difficulties that permeate the process. We chose a qualitative methodology for the development of this research, understanding that this method provides a differential in research conducted on the subject. As a result we found that the process of declaring brain death is difficult to perform. The professionals who serve a necessity imposed by capitalism, which them is attributed to give function over again to become productive sick people are under pressure by carrying out activities such as the brain death protocol. In the process that will determine someone's death whose vital functions are kept in operation causes the patient to assume the condition of the living body, whose purpose is its fragmentation, for organ donation. Thus ensuring the possibility of others becomes productive benefits for their organs that were removed.poropenAccessProtocolo de morte encefálicaComissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidosDecretando a morte: um estudo de caso do protocolo de morte encefálica.masterThesis