Maciel, Max da Silva2024-10-302024-10-302024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8598Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.De acordo com a décima Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 10), o Capítulo XX denominado “Causas Externas de Morbidade e de Mortalidade” dedica-se a classificar condições médicas que resultaram de eventos externos, sejam eles por lesões intencionais ou não. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que, anualmente, morrem cerca de 5,8 milhões de pessoas no planeta vítimas de violência ou lesões não intencionais, representando um dos problemas significativos para a saúde pública, especialmente em populações com disparidades socioeconômicas, políticas e culturais. O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil epidemiológico da mortalidade masculino e feminino por Causas Externas (CE) no estado do Paraná (PR) e município de Foz Iguaçu (FI) entre os anos de 1996 a 2020. Os dados de mortalidade e da população foram obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram incluídos neste estudo todos os óbitos classificados como CE ocorridos no estado do PR e no município FI referentes ao período de 1996 a 2020 nas populações residistes desatas localidades. Para o processamento das informações foi criado um banco de dados utilizando planilha eletrônica no programa Microsoft Excel 2010®. Posteriormente, procedeu-se a análise da distribuição dos óbitos por CE, segundo ano do óbito, características sociodemográficas e local de ocorrência do óbito, utilizando estatística descritiva. As taxas foram padronizadas e analisadas segundo sexo através de inspeção visual e regressão linear. Os perfis da mortalidade por CE no estado do PR e no município de FI apresentaram semelhanças entre os sexos masculino e feminino. No PR, a maioria dos óbitos ocorreu na faixa etária de 20 a 39 anos para os homens (46,35%) e 60 anos ou mais para as mulheres (34,21%). A raça/cor predominante foi a branca, representando 74,69% dos homens e 78,19% das mulheres, e muitos dos falecidos eram solteiros (53,76% dos homens e 39,04% das mulheres) com menos de 8 anos de escolaridade (53,63% e 54,77%, respectivamente). A via pública foi o local mais comum de óbitos entre homens (35,11%), enquanto o hospital é o mais frequente para mulheres (46,45%). Em FI, os dados foram semelhantes: a faixa etária de 20 a 39 anos foi predominante (53,88% dos homens e 35,00% das mulheres), a raça/cor branca representa 65,90% dos homens e 71,89% das mulheres, e muitos também eram solteiros (63,42% dos homens e 46,91% das mulheres) com baixa escolaridade (54,93% e 54,88%). O local de ocorrência mais comum é a via pública para homens (41,05%) e o hospital para mulheres (44,94%). A análise das tendências das taxas de mortalidade por CE revelou um declínio significativo nas taxas entre as mulheres, independentemente do local do estudo. Para os homens, as taxas de mortalidade diminuíram de forma significativa apenas no município, enquanto se mantiveram estáveis no estado. Pesquisas como essa são cruciais para monitorar a situação e avaliar a eficácia das estratégias de enfrentamento, fornecendo subsídios para reformular ações e programas de prevenção e redução mortalidade por CE.openAccessmortalidadeperfil epidemiológicoestatísticasmorbidadePerfis epidemiológicos da mortalidade por causas externas, no Paraná e Foz do Iguaçu, 1996 a 2020.