Gonzalez Guedez, Moises David2024-05-282024-05-282024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8315Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.A conservação in situ on farm é uma estratégia importante para garantir a segurança alimentar e nutricional e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Variedades vegetais cultivadas pelos agricultores familiares são fontes de alelos para características de adaptação às condições locais, como resistência a doenças e pragas e adaptação a condições climáticas específicas, abrindo oportunidades para aplicações biotecnológicas. Objetivou-se realizar um diagnóstico da agrobiodiversidade conservada in situ on farm pelos agricultores na região de Foz do Iguaçu. Para tal, aplicou-se questionários pré-estruturados a doze agricultores familiares nas "feirinhas" agrícolas. Os questionários, divididos em três partes, abordaram sobre o perfil socioeconômico, agricultores que cultivam e os que não cultivam agrobiodiversidade local/tradicional. Os dados foram analisados descritivamente. O perfil socioeconômico dos agricultores revelou que a maioria advém do próprio município. Predominam o ensino médio incompleto e superior completo. A maioria reside há mais de dez anos em suas propriedades, que variam em tamanho, sendo mais de 10 hectares a mais comum. Geralmente, de duas a três pessoas responsabilizam-se pelo cultivo da área, cuja mão-de-obra predominante foi a familiar. As atividades agrícolas incluem horticultura, pecuária e cultivos principais. A comercialização ocorre principalmente em mercados locais e direta ao consumidor. Embora nenhum cultive agrobiodiversidade local, muitos estão cientes do conceito. As razões para não as cultivar incluem pressão do mercado e a facilidade para a comercialização. Priorizam-se variedades comerciais pela produtividade e lucro, mas a falta de acesso e conhecimento das variedades locais foram uma barreira. A ausência de cultivo de agrobiodiversidade entre os agricultores entrevistados destaca a urgência de conservação e de valorização da agrobiodiversidade, porém, a disposição de alguns agricultores em considerar variedades locais no futuro sugere potencial para mudanças. Neste contexto, a biotecnologia pode ser benéfica ou prejudicial à agrobiodiversidade, dependendo de sua aplicação. Estratégias como programas de capacitação, políticas de incentivo financeiro e envolvimento dos agricultores na pesquisa podem reverter o cenário de ausência de agrobiodiversidade local, o que contribuirá para a manutenção de espécies e para a segurança alimentar e nutricional das comunidades.viopenAccessAgrobiodiversidadeBiotecnologiaConservação in situ on farmSegurança alimentar.