Barbosa, Thiago Luis de AndradeFrancellino, Márcia Andréa Marques2023-03-082023-03-082022https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/7189Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduaçãoem Biociências, do Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências, área de concentração Biociências.No Brasil, no âmbito do SUS, os principais opióides ofertados são o tramadol, morfina e fentanil, que são amplamente utilizados em serviços de urgência e emergência. A prescrição desses fármacos deve ser baseada em critérios de racionalidade, efetividade e segurança. O objetivo deste estudo foi analisar as prescrições de analgésicos opióides fentanil, morfina e tramadol, em uma Unidade de Pronto Atendimento, segundo os critérios de uso racional de medicamentos, bem como avaliar o perfil farmacoepidemiológico dos pacientes atendidos. O estudo se caracteriza como transversal analítico, realizado com 1.693 prontuários compreendidos no período de 2018 a 2020 considerando-se erro amostral de 5%, nível de confiança de 95% e admitindo-se distribuição heterogênea de 50%. Foi realizada análise bivariada com uso do quiquadrado (χ2 ) para verificar associação da prescrição de opióides e os fatores associados à prescrição. Foi verificada a normalidade da distribuição das variáveis numéricas através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Nas variáveis que apresentaram distribuição normal, aplicou-se a Análise de Variância (ANOVA) com teste Pos-hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5%. O analgésico opióide mais consumido foi o Cloridrato de Tramadol. Houve maior frequência de indivíduos do sexo feminino. A faixa etária acima dos 60 anos foi a que mais consumiu medicação e 39,1% dos pacientes receberam analgesia concomitante de outras classes analgésicas, principalmente AINES. As queixas mais relatadas foram de dores relativas aos sistemas osteoarticular, gastrointestinal e urinário, e relacionadas a dores inespecíficas. As doenças crônicas mais recorrentes foram diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica e cardiopatias. As enfermidades associadas ao estilo de vida mais comuns foram tabagismo e etilismo. Na amostra analisada, a prescrição de opioides foi realizada sem observação dos critérios técnicos-científicos de escalonamento de analgesia recomendados pela OMS. A análise dos prontuários apontou grande diversidade nos critérios prescricionais de opioides, tendendo a irracionalidade da prescrição. Pode-se concluir que a ausência de critérios de prescrição objetivos é um dos principais motivos que leva a uma prescrição irracional. A falta de conhecimento técnico sobre esta classe analgésica afeta a prescrição, compreensão do paciente e a redução de danos relacionados a estes fármacos. Por outro lado, os dados analíticos e de vigilância sanitária disponíveis sobre o uso de opióides, no Brasil, são limitados e insuficientes, principalmente, no que tange ao serviço de urgência e emergência, dificultando o levantamento epidemiológico e a construção de elementos para serem utilizados em saúde baseada em evidências.poropenAccessAnalgésico opioideDor agudaDor crônicaServiços médicos de emergênciaSáude públicaAvaliação do Uso de Opioides em Serviço de Urgência e Emergência no Município de Foz do Iguaçu-PRmasterThesis