De Marco, Valeria2017-09-202017-09-202016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2465IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Nos meios de comunicação de massa ou nos eventos acadêmicos, uma pauta constante neste ano é a Guerra Civil Espanhola, pois a historiografia nos faz remeter ao passado como tempo que se mede em década, século ou suas frações. Há muito se deixou de usar nesses momentos a palavra comemorar, certamente porque atualmente seu significado se cristalizou no contexto do espetáculo. Perdeuse o sentido solidário encravado na etimologia do vocábulo. Do latim, commemorare é recordar com; ação compartilhada; compartilhar memórias no presente. Relacionarse atualmente com os discursos sobre a Guerra da Espanha exige distinguir as zonas em que são produzidos e compreender em que campo de significação eles se inscrevem. Afinal, além de ser ela objeto de uma das mais intensas produções bibliografias do século XX, nas décadas posteriores à morte do general Franco, a indústria editorial espanhola soube explorar o tema e nutriu o mercado com critérios inerentes à sua lógica. Poucos são os escritores cujas obras se colocam à margem dos hábitos de consumo e entre eles se encontra Rafael Chirbes. Em sua produção ensaística e ficcional manteve seu compromisso ético na defesa do direito a conhecer o passado, não como tempo finito, mas como raiz do presente. Seus romances exigentes desentranham lapsos de vivências da guerra na representação das tensões sociais da Espanha contemporânea, como examinaremos em Los viejos amigos, Crematorio y En la orillaporopenAccessGuerra Civil EspanholaRafael Chirbes - escritor y crítico literario españolRafael Chirbes: como ler a Guerra Civil Espanhola?conferenceObject