Silva, Cleanderson Costa da2025-10-282025-10-282025-10-28https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9397A fragilidade é uma síndrome clínica multicausal, caracterizada pela diminuição das reservas fisiológicas e da capacidade de adaptação frente a eventos estressores, o que pode gerar desfechos adversos à saúde, como quedas, hospitalizações, perda funcional e óbito. Em pessoas com câncer de cabeça e pescoço (CCP), a presença de fragilidade física, social e psicológica intensifica os riscos clínicos, funcionais e emocionais, repercutindo no prognóstico, na adesão ao tratamento e na qualidade de vida. Essas dimensões da fragilidade interagem de forma dinâmica, evidenciando a vulnerabilidade biopsicossocial e a necessidade de uma abordagem integral no cuidado. Nesse contexto, a gestão em saúde destaca-se como um processo essencial de planejamento, coordenação e avaliação dos serviços, visando atender às necessidades dessa população de forma eficaz e integrada. O objetivo do estudo foi verificar as implicações da gestão em saúde no tratamento da fragilidade em pacientes oncológicos com CCP no contexto nacional, em comparação à perspectiva internacional. Trata-se de uma síntese de literatura, com análise crítica, realizada nas bases PubMed/MEDLINE, LILACS e SciELO, utilizando os descritores Health Management, Frailty e Head and Neck Cancer/Head and Neck Neoplasms. A seleção dos estudos seguiu a estratégia PICO, o fluxograma PRISMA 2020 e contou com o apoio do software Rayyan. Os resultados apontam uma distribuição em grupos, nos quais o tópico 1 destaca que os estudos organizados nas unidades temáticas evidenciam a interdependência entre a gestão em saúde e a fragilidade em pacientes com CCP, uma vez que a fragilidade se apresenta de forma biopsicossocial, além de representar um desafio organizacional. Tal contexto exige eficiência no planejamento de ações, coordenação de equipes, utilização de protocolos e atenção centrada no paciente. Tendo em vista o tópico 2, dada sua similaridade com o contexto brasileiro, observa-se, do ponto de vista da gestão, a necessidade de fortalecimento dos mecanismos de vigilância, rastreamento e acompanhamento contínuo de pacientes com CCP. Quando comparada à fragilidade, denota-se a investigação de desfechos clínicos e sociodemográficos nos estudos; contudo, há uma lacuna na relação direta entre os temas. Considerando a multidimensionalidade do indivíduo, a realização de avaliações abrangentes pode favorecer a compreensão dos sinais de fragilidade e contribuir para soluções de gestão, como a adequação dos serviços e a melhoria na prestação de cuidados. Conclui-se que as estratégias de gestão em saúde, ainda que de forma implícita, influenciam positivamente os sinais de fragilidade em pacientes com CCP. Assim, ressalta-se a importância de sua implementação para direcionar intervenções terapêuticas e subsidiar políticas públicas voltadas a essa população.vitumorescâncersíndromesterapêuticasA estratégia de gestão em saúde tem implicações na fragilidade em pacientes oncológicos com câncer de cabeça e pescoço? Uma síntese e análise crítica