Fortes, Laura2017-09-122017-09-122016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2305IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Partimos de uma das análises discursivas desenvolvidas em nossa pesquisa de doutorado para apresentar um recorte no qual investigamos o processo de formação de conceitos de bilinguismo na linguística, constituindo um objeto de conhecimento da ciência. A análise, teoricamente orientada pelos preceitos da análise de discurso pecheutiana, teve como base a configuração de um arquivo do discurso científico sobre bilinguismo, com um levantamento da literatura especializada sobre o tema. O estudo desse arquivo levounos a compreender que os sentidos predominantes de bilinguismo sustentamse numa formação discursiva logicista, em que impera o paradigma monolíngue vinculado a uma concepção de língua como “unidade” e de sujeito como “falante”. Entretanto, mudanças epistemológicas em diversas áreas dos estudos da linguagem filiadas a uma virada multilíngue têm produzido outras possibilidades de dizer sobre a língua, com a irrupção de sentidos “discordantes”, mais heterogêneos, numa profusão terminológica filiada a movimentos de sentido de contradiscursos em relação de coexistência com os discursos predominantes, historicamente mais estabilizados. Tais abordagens, em ascensão teórica nas duas últimas décadas, demarcaram uma mudança epistemológica vinculada a movimentos teóricos de abertura disciplinar, colocando em circulação conceitos ressignificados de língua e de bilinguismo. A análise mostrou que tais processos de ressignificação constituem contradiscursos, deslocando a hegemonia do paradigma monolíngue para a preeminência do paradigma multilíngueporopenAccessBilinguismoAnálise de discurso pecheutianaO bilinguismo como objeto de conhecimento: a formação dos conceitosconferenceObject