Schons, Maiara2025-04-242025-04-242025-04-24https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9078Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada.A partir de representações caricaturais e estereotipadas de pessoas negras, presentes nos livros literários para as crianças, esta investigação parte da seguinte problemática: como estudantes do 2° ano do ensino fundamental, anos iniciais, de duas escolas do Oeste do Paraná respondem à leitura literária de livros ilustrados com protagonistas negros/as. Esta pesquisa tem como objetivo geral caracterizar as respostas leitoras Arizpe (2004) e Fittipaldi (2008; 2012), de crianças de 7/8 anos de escolas em dois territórios: 1) Medianeira, cidade na qual 31,06% da população se reconhece como pretos e pardos (IBGE, 2022) e 2) em São Miguel do Iguaçu, em que há 32,23% da população, segundo o Censo se reconhece como como negros e pardos (IBGE, 2022), que tem em seus limites um território quilombola, o Apepú. A experiência se justifica em razão da ideia de que para apreender significados não basta conhecer formalmente referências linguísticas isoladas ou suas regras de seleção e combinação, mas é preciso compartilhar uma maneira de pensar e uma forma de vida. Parte-se desta premissa para verificar se há diferentes respostas leitoras para as seguintes leituras: Benedito (2014), do brasileiro Josias Marinho, e Jacinto e Maria José (2013), do colombiano Dipacho. Para desenvolver o estudo, realizamos quatro encontros de uma hora e quinze minutos cada, com os estudantes do 2° ano do Ensino Fundamental. Esses encontros foram realizados em dois municípios diferentes, com o objetivo de apresentar os livros, realizar atividades com as crianças e aplicar uma pesquisa socioeconômica com os familiares dos estudantes. Para fundamentar esta investigação, utilizamos os conceitos de racismo, com base nos estudos de Munanga (2003) e Gomes (2005), sendo esta última também responsável pela contribuição para o conceito de ancestralidade; racismo estrutural, conforme discutido por Carneiro (2011); e antirracismo, a partir das reflexões de Pinheiro (2023) e Ribeiro (2019). Além disso, as categorias de letramento racial são exploradas segundo Ferreira (2015), Souta e Jovino (2019). As respostas leitoras nos dois municípios foram similares, o que evidencia a necessidade de práticas antirracistas, desenvolvidas com o uso de livros com protagonistas negros. Resumen A partir de representaciones caricaturescas y estereotipadas de personas negras presentes en los libros literarios dirigidos a la infancia, esta investigación parte del siguiente problema: ¿cómo responden a la lectura literaria de libros ilustrados con protagonistas negros/as los estudiantes de 2º grado de la educación primaria, de dos escuelas del oeste de Paraná? Esta investigación tiene como objetivo caracterizar las respuestas lectoras, según Arizpe (2004) y Fittipaldi (2008; 2012), de niños y niñas de 7 y 8 años de escuelas ubicadas en dos territorios: 1) Medianeira, ciudad en la que el 31,06% de la población se reconoce como negra o parda (IBGE, 2022); y 2) São Miguel do Iguaçu, donde el 32,23% de la población, según el Censo, se reconoce como negra o parda (IBGE, 2022), y que en sus límites cuenta con un territorio quilombola, Apepú. La experiencia se justifica por la idea de que, para comprender significados, no basta con conocer formalmente referencias lingüísticas aisladas o sus reglas de selección y combinación, sino que es necesario compartir una forma de pensar y un modo de vida. A partir de esta premisa, se busca verificar si existen diferentes respuestas lectoras ante las siguientes obras: Benedito (2014), del brasileño Josias Marinho, y Jacinto e Maria José (2013), del colombiano Dipacho. Para desarrollar el estudio, se realizaron cuatro encuentros de una hora y quince minutos cada uno, con estudiantes de 2º grado de la escuela primaria. Estos encuentros se llevaron a cabo en dos municipios distintos, con el objetivo de presentar los libros, realizar actividades con los niños y aplicar una encuesta socioeconómica a los familiares de los estudiantes. Para fundamentar esta investigación, se utilizaron los conceptos de racismo, basándose en los estudios de Munanga (2003) y Gomes (2005), siendo esta última también responsable de la contribución al concepto de ancestralidad; racismo estructural, según lo discutido por Carneiro (2011); y antirracismo, a partir de las reflexiones de Pinheiro (2023) y Ribeiro (2019). Además, se abordan las categorías de alfabetización racial según Ferreira (2015), Souta y Jovino (2019). Las respuestas lectoras en ambos municipios fueron similares, lo que evidencia la necesidad de prácticas antirracistas desarrolladas mediante el uso de libros con protagonistas negros.viopenAccessnegros na literaturakivros para criançasracismoleitura literáriaEm busca de respostas ancestrais: experiências com a leitura literária em escolas do Oeste do Paraná