Nanque, Valdir Marques Vieira2024-10-312024-10-312024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8602Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Saúde Coletiva.Os fatores de riscos psicossociais constituem um problema de saúde pública, tendo como principal origem o estresse; elemento essencial no aumento da incidência de enfermidades mentais como a ansiedade e a depressão. Objetivo: Avaliar os fatores de estresse relacionados à organização do trabalho e sua associação com depressão e ansiedade entre professores universitários. Método: Foi realizado estudo transversal entre dezembro de 2023 e agosto de 2024 entre professores universitários; sendo utilizados os instrumentos PHQ-9 e GAD-7 para medir depressão e ansiedade respetivamente e o HSE-T que mede medir o estresse relacionado à organização do Trabalho. Foram calculadas as proporções e porcentagens das variáveis categóricas, e as medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas. Comparamos os grupos das variáveis categóricas por meio dos testes de qui-quadrado e exato de Fisher; e para as médias foi usado o teste t-student. Para avaliar as associações foram confirmadas com regressão para distribuição de Poisson-Twedee. Resultados: dos 418 docentes da instituição responderam 115 tendo-se uma adesão ao estudo de 27,5%. Os docentes têm idade média de 47,10 (8,9) anos; são principalmente homens (53,9%), brasileiros (82,6%), de raça/cor branca (70,4%), com estado civil casados/união estável (60,9%), renda média per capita 7426 (4419) reais, e de alto nível de escolaridade (92,2% doutores). A média no PHQ-9 foi de 5,74 (±4,61) e no GAD-7 de 6,39 (±4,56) pontos. Em relação ao HSE-IT descobrimos que dos sete domínios, três apresentaram maior média indicando relatos de desproteções em relação aos estressores do trabalho: quatro apresentaram maior média indicando relatos protetores em relação aos estressores do trabalho foram Demanda (M: 2,80 ± 0,72), Apoio da chefia (M: 2,93 ± 0,89), Relacionamentos (M: 2,59 ± 0,84) e Mudanças (M: 2,79 ± 0,91); e os outros três domínios com alta proporção de desproteção foram Cargo ou Função (82,43%), Controle (60,15%) e apoio dos colegas (49,57%) indicando que pouco conhecimento de suas funções ou atividades, baixo controle sobre o processo de trabalho e a falta de apoio dos colegas (competividade) elevam a presença de estressores. Em relação aos domínios existe uma tendência para desenvolver ansiedade em professores com demandas (0,001) aumentadas, controle (0,018) limitado e mínimo apoio dos colegas (0,024); no que refere a depressão, a falta de apoio dos colegas (0,047) e o desconhecimento de suas funções na instituição e/ou falta de compreender suas funções (cargo) (0,001) contribuem para seu desenvolvimento. Conclusão: Os níveis de estresse secundário ao trabalho entre docentes universitários é muito alto. Os principais estressores entre o grupo explorado são o baixo controle das suas atividades, o desconhecimento de suas funções e o baixo qualidade dos relacionamentos com os colegas, o que ocasionam doenças mentais como a depressão e/ou ansiedade nesses profissionais.viopenAccessfatores psicossociaisdepressãodocentesuniversidadeansiedade.Fatores psicossociais relacionados com o trabalho e sua associação com depressão e ansiedade entre professores universitários da Universidade Federal da Integração Latino-americana - UNILA.