Lima, Jeniffer Guimarães2025-12-122025-12-122025-12-12https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9457Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino- Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Relações Internacionais e Integração.Este trabalho analisa como o epistemicídio interseccional se manifesta no campo das Relações Internacionais e de que maneira a III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas (Durban, 2001) representou um marco de ruptura com a lógica de silenciamento e exclusão epistêmica. A pesquisa parte da constatação de que a disciplina das Relações Internacionais foi historicamente estruturada sobre os pilares da branquitude, do patriarcado e do capitalismo, que operam de forma interdependente na produção e na legitimação do conhecimento. A partir de uma abordagem interseccional e decolonial, o estudo busca compreender como esses vetores se materializam na diplomacia brasileira, em especial no Ministério das Relações Exteriores (MRE), analisando a ausência de protagonismo das mulheres negras e a forma como elas tensionam e reconfiguram os espaços de poder. O protagonismo de figuras como Edna Roland, na Conferência de Durban, evidencia o papel transformador da agência negra feminina na construção de uma política externa mais plural, inclusiva e comprometida com a justiça racial e de gênero. Conclui-se que romper com o epistemicídio interseccional exige reconhecer e legitimar as epistemologias produzidas a partir das margens, especialmente aquelas oriundas das mulheres negras latino-americanas, que propõem novas formas de pensar e fazer as Relações Internacionais. Resumen Este trabajo analiza cómo el epistemicidio interseccional se manifiesta en el campo de las Relaciones Internacionales y de qué manera la III Conferencia Mundial contra el Racismo, la Discriminación Racial, la Xenofobia y las Intolerancias Conexas (Durban, 2001) representó un hito de ruptura con la lógica de silenciación y exclusión epistémica. La investigación parte de la constatación de que la disciplina de las Relaciones Internacionales fue históricamente estructurada sobre los pilares de la blancura, el patriarcado y el capitalismo, que operan de forma interdependiente en la producción y legitimación del conocimiento. A partir de un enfoque interseccional y decolonial, el estudio busca comprender cómo estos vectores se materializan en la diplomacia brasileña, en especial en el Ministerio de Relaciones Exteriores (MRE), analizando la ausencia de protagonismo de las mujeres negras y la forma en que tensionan y reconfiguran los espacios de poder. El protagonismo de figuras como Edna Roland, en la Conferencia de Durban, evidencia el papel transformador de la agencia negra femenina en la construcción de una política exterior más plural, inclusiva y comprometida con la justicia racial y de género. Se concluye que romper con el epistemicidio interseccional exige reconocer y legitimar las epistemologías producidas desde los márgenes, especialmente aquellas oriundas de las mujeres negras latinoamericanas, que proponen nuevas formas de pensar y hacer las Relaciones Internacionales.viopenAccessmulheres negrasdiplomaciaBrasil. Ministério das Relações ExterioresConferência de DurbanQuando o internacional é construído por mulheres negras: a centralidade de Edna Roland e as rupturas de Durban