Kennedy, Anika Godoy2025-12-162025-12-162025-12-16https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9473Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Infraestrutura e Território da Universidade Federal da Integração Latino- Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Química.Este trabalho propõe o aproveitamento sustentável da biomassa de Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller), em associação com resíduos provenientes da CEASA (RC) e a cultura simbiótica de bactérias e leveduras (SCOBY), para a produção de biofertilizantes líquidos. Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática para analisar a composição química dos insumos, identificar operações unitárias adequadas ao processo e avaliar os impactos agronômicos, ambientais e econômicos do biofertilizante desenvolvido. Os resultados indicam que a Ora-pro-nóbis apresenta elevada concentração de proteínas, minerais essenciais e compostos fenólicos, o que favorece sua utilização como matéria-prima rica em nutrientes. O RC, por sua vez, é composto majoritariamente por resíduos hortifrutigranjeiros ricos em açúcares solúveis, fibras e micronutrientes, promovendo sinergia com a biomassa vegetal. O SCOBY, com sua microbiota naturalmente ativa e complexa, potencializa o processo fermentativo e contribui para a estabilização microbiológica do biofertilizante, além de introduzir microrganismos benéficos ao solo. O processo produtivo foi estruturado com base nos princípios da engenharia química, incluindo as etapas de lavagem, trituração, desidratação, maceração, fermentação aeróbia/anaeróbia e filtração, visando preservar os compostos bioativos e garantir estabilidade e eficiência do produto final. A formulação resultante, composta por ora-pro-nóbis, RC e SCOBY, demonstrou teoricamente um alto potencial para melhorar a fertilidade do solo, estimular a microbiota benéfica e aumentar a resistência das plantas a estresses abióticos, como déficit hídrico e ataques patogênicos. A análise de viabilidade econômica indicou custos operacionais reduzidos, visto que os três insumos utilizados são de baixo custo ou obtidos sem custo direto (por meio de reaproveitamento de resíduos), e o processo requer tecnologias acessíveis e adaptáveis a diferentes escalas produtivas. O aproveitamento de resíduos da CEASA e de excedentes do SCOBY, normalmente descartados na produção de kombucha, reforça o caráter ambientalmente sustentável da proposta. O projeto demostra elevado potencial de rentabilidade, impulsionado pela crescente demanda por insumos agrícolas ecológicos e pela valorização de práticas de economia circular. Assim a produção de biofertilizantes a partir da combinação de Ora-pro-nóbis, resíduos vegetais e SCOBY representa uma solução inovadora, regenerativa e economicamente viável, contribuindo para o avanço da agricultura sustentável e para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente nos eixos de segurança alimentar, manejo responsável de recursos naturais e mitigação das mudanças climáticas. Resumen Este trabajo propone el aprovechamiento sostenible de la biomasa de Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata Miller), en asociación con resíduos procedentes de la CEASA (RC) y con la cultura simbiótica de bacterias y levaduras (SCOBY), para la producción de biofertilizantes líquidos. Se realizó una revisión bibliográfica sistemática para analizar la composición química de las materias primas, identificar operaciones unitarias adecuadas para el proceso y evaluar los impactos agronómicos, ambientales y económicos del biofertilizante desarrollado. Se identificó que la Ora-pro-nóbis presenta una alta concentración de proteínas, minerales esenciales y compuestos fenólicos, lo que favorece su utilización como materia prima rica en nutrientes. El residuo complementario (RC), compuesto principalmente por residuos hortofrutícolas, es rico en azúcares solubles, fibras y micronutrientes, lo que genera sinergia con la biomasa vegetal. El SCOBY, con su microbiota naturalmente activa y compleja, potencia el proceso fermentativo y contribuye a la estabilidad microbiológica del biofertilizante, además de introducir microorganismos benéficos al suelo. El proceso productivo fue estructurado con base en los principios de la ingeniería química, incluyendo las etapas de lavado, trituración, deshidratación, maceración, fermentación aerobia/anaerobia y filtración, con el objetivo de preservar los compuestos bioactivos y garantizar la estabilidad y eficacia del producto final. La formulación obtenida, compuesta por Ora-pro-nóbis, RC y SCOBY, demostró teóricamente un alto potencial para mejorar la fertilidad del suelo, estimular la microbiota benéfica y aumentar la resistencia de las plantas frente a estreses abióticos, como el déficit hídrico y los ataques patogénicos. El análisis de viabilidad económica indicó bajos costos operativos, ya que las tres materias primas son de bajo costo o se obtienen sin costo directo (mediante el reaprovechamiento de residuos), y el proceso requiere tecnologías accesibles y adaptables a distintas escalas de producción. El aprovechamiento de residuos de la CEASA y del excedente de SCOBY normalmente descartado en la producción de kombucha refuerza el carácter ambientalmente sostenible de la propuesta. También se verificó un alto potencial de rentabilidad, impulsado por la creciente demanda de insumos agrícolas ecológicos y la valorización de prácticas basadas en la economía circular. Se concluye que la producción de biofertilizantes a partir de la combinación de Ora-pro-nóbis, residuos vegetales y SCOBY representa una solución innovadora, regenerativa y económicamente viable, que contribuye al avance de la agricultura sostenible y al cumplimiento de los Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS), especialmente en lo que respecta a la seguridad alimentaria, la gestión responsable de los recursos naturales y la mitigación del cambio climático.ptopenAccessfertilizantesOra-pro-nóbisagricultura sustentávelbiomassaProposta de produção de biofertilizantes a partir de ora-pro-nobis (pereskia aculeata miller), scoby e resíduos do CEASA