Candido da Silva, Deni Iuri Soares2023-02-242023-02-242022https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/7175Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada.Pensar em assumir uma identidade de gênero ou condição sexual, no processo de compreender-se como um sujeito não heteronormativo, pode ser extremamente desafiador, a depender do contexto em que tal identidade tenta se afirmar. Nesse processo de identificação pode haver até elementos de compensação, como o privilégio de classe social, por exemplo, mas, mesmo nessas circunstâncias, se assumir desviante de um suposto padrão é um ato de coragem e de embate frente a diversas formas de violência. Este é o caso em questão em duas representações literárias aqui estudadas, Cloro (2018) e Sergio Y. vai à América (2014), ambas do escritor Alexandre Vidal Porto. Tentando entender os processos literários que implicam tal representação, esta dissertação se constrói a partir de algumas questões dos estudos queer em Butler (2017) e Louro (2013), ambas renomadas estudiosas no que diz respeito ao gênero e sexualidade, assim como no texto de Ginzburg (2013) sobre a compreensão do amplo campo da violência. Há, neste estudo, também a presença de Bourdieu (2019), contribuindo com questões relacionadas à construção da masculinidade. Por meio deste caminho, se espera agregar uma contribuição aos estudos literários e de gênero, na busca de um mundo onde os corpos desviantes possam ser respeitados, entendidos e aceitos; de um mundo mais justo, onde tais corpos não precisem mais passar por constante violência, preconceito e discriminação.openAccessGênero; Sexualidade; Violência; Literatura.Tem que Ter Coragem para Ser Feliz: Gênero, Sexualidade e Violência em Dois Romances de Alexandre Vidal PortomasterThesis