Alves, Daniel Brito2022-02-162022-02-162022https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/6469Vários economistas e filósofos citam a relação positiva entre educação, crescimento e o desenvolvimento econômico. Além disso, a educação pública é ofertada mediante os impostos pagos pela sociedade, sendo importante averiguar a eficiência na aplicação desses recursos. Dessa forma, a presente dissertação teve como objetivo verificar a (in)eficiência das escolas públicas do Paraná, nos anos de 2017 e 2019 e investigar fatores possivelmente associados a uma maior ou menor (in)eficiência. Com o propósito de se atingir tal objetivo geral, foram elaborados três artigos. O primeiro artigo analisou a infraestrutura das escolas públicas do Paraná. Para tanto, utilizou-se a Análise Fatorial. Entre os resultados, constatou-se que os fatores com as menores médias, tanto em 2017 como em 2019, foram: dormitório, atividades extra classe, estruturas de apoio e aparelhamento eletrônico. Outro resultado foi de que as escolas federais se destacaram pelo decréscimo nos escores de infraestrutura escolar e por apresentar menores médias nos escores, em comparação às estaduais e municipais. Quanto à localização, as escolas rurais do Paraná evoluíram a infraestrutura escolar mais do que as escolas urbanas, no período em análise. Porém, as escolas rurais ainda se destacam por apresentarem menores médias na maioria das características em estudo. No segundo artigo, averiguou-se quão (in)eficientes foram, no uso dos recursos educacionais, as escolas públicas do Paraná, nos anos de 2017 e 2019. Foram utilizados os microdados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do Censo Escolar. Empregou-se, como metodologia, a Análise Envoltória de Dados. A eficiência média das escolas públicas do Paraná em 2017 foi de 0,8256 e em 2019 foi de 0,8279, considerando que o índice possui intervalo entre 0 e 1. Para se tornarem eficientes, as escolas teriam que aumentar, em média, cerca de 18% da sua respectiva nota nos exames, mantendo os insumos inalterados. O percentual de escolas eficientes (índice igual a 1) diminuiu no período em análise, 5,67% em 2017 e 2,59% em 2019. Outro resultado foi de que, em média, as escolas rurais foram mais eficientes do que as escolas urbanas nos dois anos em análise. Entre as dependências administrativas, as escolas federais foram, em média, as mais eficientes, seguidas das escolas estaduais e das escolas municipais, tanto em 2017 como em 2019. Além disso, as mesorregiões mais ao centro e ao sul do estado tenderam a apresentar maiores médias de eficiência e as mesorregiões do leste tenderam a ser menos eficientes. O terceiro artigo buscou verificar possíveis fatores associados a uma maior ou menor (in)eficiência das escolas públicas do Paraná, nos anos de 2017 e 2019. Como metodologia, empregou-se a regressão quantílica. Constatou-se que o percentual de pais que vão em reunião afeta positivamente a eficiência das escolas, em todos os quantis. Os resultados ainda indicam que as escolas mais eficientes conseguem compensar o incentivo dos pais, porém, tal incentivo é importante para as escolas menos eficientes. Outro resultado foi de que as escolas com menores níveis de eficiência foram afetadas negativamente à medida que apresentavam maiores proporções de alunos que trabalhavam fora. Entretanto, escolas com maiores níveis de eficiência não são afetadas por esse aspecto. Somente o fato de o aluno realizar o dever não foi significativo para afetar a eficiência das escolas, sendo importante, também, o professor corrigir o dever de casa. Além disso, as escolas com níveis mais altos de eficiência conseguem tratar as questões adversas que a disparidade econômica trás para os alunos. Os resultados apresentados ajudam na compreensão dos fatores capazes de aumentar a eficiência escolar e levantam questões importantes para o desenvolvimento de políticas públicas educacionais no estado do Paraná.porEducaçãoEficiênciaParaná(In)eficiência Escolar: um Estudo para o Estado do ParanámasterThesis