Siqueira, Adriana Heiss2024-10-012024-10-012024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8515Dissertação de mestrado apresentada ao PPG-BC (Programa de Pós-Graduação em Biociências), do ILACVN (Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza), da UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências, área de concentração Biociências.A atrazina, herbicida amplamente utilizado na agricultura brasileira, pode contaminar rios e aquíferos devido à sua persistência no solo. Fungos filamentosos tem potencial para degradar a atrazina, mas a extensão das áreas cultivadas torna essa técnica desafiadora. A biorremediação pode ser aprimorada com carvão ativado, cuja estrutura porosa favorece o crescimento de micro-organismos. Este trabalho teve como objetivo a produção de um bioinoculante composto pelos fungos Clonostachys rosea CCMIBA_R018, Purpureocillium lilacinum CCMIBA_R014, e Bjerkandera sp. CCMIBA_R111 imobilizados no carvão ativado para o tratamento de solo contaminado com atrazina. A metodologia, em suma, foi delineada para: identificação da melhor condição de cultivo de cada fungo; avaliação do efeito do carvão ativado no desenvolvimento fúngico; imobilização individual dos fungos a partir de diferentes variações de cultivo; elaboração do bioinoculante a partir do consórcio dos fungos em carvão ativado; avaliação das enzimas Lacase, Manganês Peroxidase e Lignina Peroxidase; e avaliação da ação do inoculante em um sistema de microcosmos de solo agrícola contaminado com atrazina. Para cultivo foi selecionado o caldo Sabouraud Dextrose para os fungos Clonostachys rosea CCMIBA_R018 e Purpureocillium lilacinum CCMIBA_R014 e caldo malte enriquecido com peptona e extrato de levedura para o fungo Bjerkandera sp. CCMIBA_R111. O pré-inóculo de cada fungo individualmente nos meios selecionados com a adição de carvão ativado (5 g), seguido pela incubação conjunta em mais 15 g de carvão ativado e adição de água peptonada 1 % (pH 7) no início do cultivo manteve a viabilidade de crescimento, resultando na melhor condição de consórcio após 21 dias a 28 oC. Apesar do potencial ligninolítico individual, foram observadas atividades significativas de lignina peroxidase quando combinadas, sugerindo efeitos sinérgicos. Os resultados após tratamento do solo revelaram uma redução de 34 % na concentração de atrazina no solo esterilizado e uma redução de 66 % no solo não esterilizado, demonstrando a eficácia em condições reais de solo. Além disso, mais de 30 fatores do solo foram analisados, destacando diferenças significativas em 12 parâmetros, especialmente um aumento nos níveis de fósforo e enxofre, melhorando a fertilidade do solo. Em conclusão, o consórcio fúngico, combinado com carvão ativado, apresenta uma abordagem inovadora de biorremediação, beneficiando a saúde e a produtividade do solo. Esse processo é particularmente inovador, pois a maioria dos bioinoculantes não aborda o tratamento de poluentes.viopenAccessbiocharbiorremediaçãobioinoculanteagrotóxico.Tratamento de solo agrícola contaminado com atrazina por fungos filamentosos imobilizados em carvão ativado.Thesis