Gimenes, Juliana Aparecida2017-09-112017-09-112016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2296IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Este trabalho visa tecer algumas reflexões teóricas acerca do papel do tradutor de literatura como um mediador cultural. Tendo em vista a discussão levantada pelo filósofo alemão Friedrich Schleiermacher sobre os dois “métodos” de tradução no século XIX, propomos um diálogo com a abordagem pósestruturalista de Lawrence Venuti no que diz respeito à invisibilidade do tradutor, apresentando, assim, pontos de aproximação e distanciamento do propósito do Romantismo. Para isso, estamos considerando o fato de (a) haver mais de um século de distância entre os dois pensadores e (b) que o mercado editorial para tradução ter passado por mudanças importantes. O modo de ver a tradução como uma prática embutida na cultura não permite ver o resultado como um produto expressamente acabado e livre de ideologias. A partir dessas considerações, trazemos para a discussão o trabalho do tradutor André Lefevere sobre a questão da manipulação literária e a reescrita como forma de transformação, além da consideração do tradutor como um agente ativo na produção literária. O tradutor aborda também a questão da patronagem e as forças mobilizadoras da indústria editorial. Para ilustrar as questões aqui levantadas acerca da problematização da literatura traduzida, abordaremos dois tradutores da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, para o espanhol – Pablo del Barco e Nicolás Extremera Tapía – e, em linhas gerais, quais seriam os possíveis efeitos dos trabalhos desses tradutores causados na cultura da língua de chegadaporopenAccessMediador culturalTradutor de literaturaO tradutor de literatura como mediador cultural: algumas reflexões sobre dois tradutores de Dom Casmurro para o espanholconferenceObject