Lagasse, Fabiana Cristiane2024-12-032024-12-032024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8707Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial a obtenção do título de Mestra em Estudos Latino-Americanos.As migrações internacionais significam na prática o movimento de saída e entrada de pessoas em Estados por meio de suas fronteiras. Embora sejam fenômenos antigos, têm se intensificado ao longo dos últimos anos pelas mais diversas razões. Neste sentido, pautadas em regulamentações jurídicas de migração, algumas universidades implementaram programas especiais de ingresso para refugiados. Destaca-se aqui a Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA, localizada na cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, que, no ano de 2018, lançou a primeira edição do Processo Seletivo de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário-PSRH, com vagas para todos os 29 cursos de graduação. Assim, considerando esse contexto, o problema de pesquisa se apresenta da seguinte maneira: quais as perspectivas dos docentes de diferentes áreas quanto ao acolhimento linguístico de refugiados na UNILA? A partir dessa questão, apresentase o objetivo geral: refletir sobre a visão dos docentes com relação ao português como língua de acolhimento – bem como outras línguas. Como objetivos específicos propõe-se identificar quais as principais legislações migratórias que amparam as ações de integração de refugiados na Universidade, mapear intervenções político-linguísticas desenvolvidas pela UNILA, e sugerir uma possível proposta para a formação de docentes. Com relação à fundamentação teórica, a pesquisa encontra seus pilares nos dispositivos jurídicos que definem quem é o(a) refugiado(a) e as garantias do direito de refúgio, na definição do termo “migrantes de crise” proposto por Baeninger e Peres (2015), na Política Linguística de Calvet (2007), Oliveira (2016) e Lagares (2018), na Política de Línguas na perspectiva discursiva de Orlandi (2007), no Português como Língua de Acolhimento-PLAc de Grosso (2010), Diniz e Neves (2018), Lopez (2018), Bizon (2018), além de outros(as) autores(as) que dialogam sobre o tema da inserção linguística e acadêmica de refugiados(as). Para o desenvolvimento da pesquisa, optou-se por seguir os pressupostos da abordagem metodológica qualitativa, cuja investigação exploratória se dará por procedimentos metodológicos específicos, tomando como instrumento principal o questionário, além do levantamento bibliográfico e documental. O processo de pesquisa resultou em análises sobre as intervenções linguísticas institucionais, concluindo que é essencial a institucionalização de políticas de acolhimento em línguas, bem como a oferta contínua de cursos de línguas estrangeiras para toda a comunidade acadêmica da UNILA.viopenAccessrefugiadosemigraçãoimigraçãopolítica linguísticaUNILAO processo seletivo de refugiados e portadores de visto humanitário: entre legislações, políticas linguísticas e português como língua de acolhimento