Carvalho, Leomir Silva de2017-09-122017-09-122016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2312IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Grande sertão: veredas (1956), escrito por Guimarães Rosa, toma como eixo principal a linguagem. Essa linguagem tornada opaca provoca no outro uma aproximação que não é definitiva e que permite, portanto, a possibilidade de novas realizações ao longo do tempo. Quando o outro em questão é o tradutor, o contato com a obra de partida pode suscitar um compromisso em revelar ou esconder a opacidade inerente ao original. Para o espanhol, a obra ganhou duas traduções: a publicada em 1967 na Espanha, traduzida por Ángel Crespo, e a publicada em 2009 na Argentina, traduzida por Florencia Garramuño e Gonzalo Aguilar. Temse a noção de tradução transcriativa de Haroldo de Campos como ideia chave para compreender a obra de chegada em sua autonomia e potencial para compor respostas esteticamente produtivas. Dialogase também com Berman em seu pensamento sobre a ética positiva da tradução em A prova do estrangeiro (2002). Com base na análise da fortuna crítica do autor mineiro, destacase a palavra “esmarte” na descrição da personagem Diadorim. “Esmarte” é identificada como um neologismo proveniente do inglês smart. Castro, em Universo e vocabulário do Grande sertão (1982), afirma que a palavra provém do inglês, podendo assumir os sentidos de vivo, picante, irônico, elegante. Martins, autora de O léxico de Guimarães Rosa (2001), concorda com Castro e acrescenta a relação que a palavra possui com “esmerado” e “esmeralda”. Observarseá como a ausência/ presença da palavra nas duas traduções aponta para o original de maneiras distintas tornando patente a pluralidade inerente à origemporopenAccessGrande sertão: veredas (1956)Guimarães Rosa - escritor brasileiroOs esmartes olhos de Diadorim: presença/ausência da palavra “esmartes” nas traduções de Grande sertão: veredas para o espanholconferenceObject