Assis, Isaac Pinheiro2025-08-132025-08-132025-08-13https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9219Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Antropologia – Diversidade Cultural Latino-Americana.O presente trabalho tem como objetivo analisar como a comunidade Red Pill brasileira, presente na plataforma TikTok, constrói e dissemina discursos sobre masculinidade hegemônica. A pesquisa se fundamenta em uma abordagem qualitativa, por meio de uma etnografia digital, com base metodológica em Kozinets (2015). Foram analisados conteúdos de quatro perfis influentes Red Pill nacional, considerando estratégias discursivas, engajamento dos seguidores e categorias temáticas predominantes. O referencial teórico se ancora nos estudos de gênero e masculinidades, com destaque para os conceitos de masculinidade hegemônica (Connell, 1995), performatividade de gênero (Butler, 1990), e cultura algorítmica (Gillespie, 2014). A análise revelou que os influenciadores Red Pill utilizam uma retórica pedagógica para reafirmar padrões tradicionais de masculinidade, muitas vezes em oposição às conquistas feministas e aos ideais de igualdade de gênero. Ao se apropriar das lógicas algorítmicas das redes sociais, esses atores amplificam discursos de dominação, autoaperfeiçoamento e rejeição da figura do “homem desconstruído”. Conclui-se que as redes sociais se tornaram importantes espaços de rearticulação de ideologias patriarcais, moldando subjetividades masculinas por meio de fórmulas de sucesso, virilidade e controle emocional, com amplo alcance e poder de influência na contemporaneidade. Resumen Este trabajo tiene como objetivo analizar cómo la comunidad brasileña Red Pill, presente en la plataforma TikTok, construye y difunde discursos sobre la masculinidad hegemónica. La investigación se basa en un enfoque cualitativo, a través de la etnografía digital, con base metodológica en Kozinets (2015). Se analizó el contenido de cuatro perfiles influyentes en el nacional de Red Pill, teniendo en cuenta las estrategias discursivas, el compromiso de los seguidores y las categorías temáticas predominantes. El marco teórico está anclado en los estudios de género y masculinidad, con énfasis en los conceptos de masculinidad hegemónica (Connell, 1995), performatividad de género (Butler, 1990) y cultura algorítmica (Gillespie, 2014). El análisis reveló que los influenciadores de la píldora roja utilizan la retórica pedagógica para reafirmar los patrones tradicionales de masculinidad, a menudo en oposición a los logros feministas y los ideales de igualdad de género. Al apropiarse de la lógica algorítmica de las redes sociales, estos actores amplifican discursos de dominación, superación personal y rechazo de la figura del hombre deconstruido. La conclusión es que las redes sociales se han convertido en importantes espacios de rearticulación de ideologías patriarcales, moldeando subjetividades masculinas a través de fórmulas de éxito, virilidad y control emocional, con un amplio alcance y poder de influencia en la época contemporánea.viopenAccessmasculinidadeetnografiaredes sociaispatriarcado