Costa, Flávia Foresto Porto da2024-07-232024-07-232023https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8451Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Integração Latino-Americana.O ano de 1994 foi emblemático em relação ao crescimento de grupos paramilitares na Colômbia e no México. No primeiro país, um famigerado exemplo de grandes exércitos paraestatais; no segundo, a resposta contrainsurgente ao levante zapatista de Chiapas. O objetivo deste estudo é analisar os fenômenos paramilitares nesses dois países durante uma década, de 1994 a 2004, com o intuito de compreender como uma tática impulsionada pelas doutrinas de contrainsurgência do período da Guerra Fria – o armamento e treinamento de civis para o combate à insurgência e ao “perigo comunista” – fortalece-se mesmo após o término desse período. A partir de uma análise das condições históricas e estruturais de cada caso, por meio de uma pesquisa documental e bibliográfica, o trabalho de comparação concentra-se na expansão das Autodefesas Camponesas de Córdoba e Urabá, na Colômbia, e dos diversos paramilitares que passam a atuar no estado mexicano de Chiapas nesse período, como Paz y Justicia, Los Chinchulines e Máscara Roja. Nossa hipótese é de que, a despeito das particularidades de cada contexto, ambos os fenômenos podem ser interpretados como parte de estratégias impulsionadas por blocos de poder contrainsurgentes em prol da manutenção de uma ordem social favorável à acumulação capitalista, em um período de consolidação neoliberal.viopenAccessparamilitarismocontrainsurgênciaColômbiaMéxiconeoliberalismoParamilitares na Colômbia e no México na década de 1990: contrainsurgência em tempos de abertura neoliberal.