Rios, Nataly Mora2025-09-042025-09-042025-09-04https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9306Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Letras – Artes e Mediação Cultural.Este trabalho nasce do desejo de articular pensamento e prática a partir de uma perspectiva política e sensível. A partir de uma experiência de imersão em um dos movimentos populares mais significativos da América Latina, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), constroi uma reflexão sobre o território como espaço de disputa de memórias, e sobre como práticas pedagógicas dialógicas, entre o saber acadêmico e os conhecimentos da terra, podem atuar como mediações culturais capazes de promover reconhecimento identitário e fortalecimento político. O eixo central do trabalho é o Museu Temporário, compreendido como uma prática pedagógica, poética e comunitária de ativação da memória, construída por meio do afeto, da escuta e da narração encarnada. A experiência realizada com o grupo de mulheres “Mulheres Guerreiras” do Acampamento Sebastião Camargo (PR) evidencia como a mediação cultural pode restaurar a voz de sujeitos historicamente silenciados, fortalecer os laços comunitários e fomentar uma educação situada e afetiva. O texto apresenta um breve percurso histórico sobre os museus e suas contranarrativas, analisa o surgimento do MST e a trajetória do acampamento Sebastião Camargo, e aprofunda a participação das mulheres na luta pela terra. Por fim, realiza-se uma análise da experiência do Museu Temporário com as mulheres do acampamento, destacando sua potência como ferramenta de transformação simbólica, pedagógica e política em contextos de vulnerabilidade. Resumen Este trabajo nace del deseo de articular pensamiento y práctica desde una perspectiva política y sensible. A partir de una experiencia de inmersión en uno de los movimientos populares más emblemáticos de América Latina, el Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), se construye una reflexión sobre el territorio como espacio de disputa de memorias y sobre cómo las prácticas pedagógicas dialógicas sentipensantes, entre el conocimiento académico y los saberes de la tierra, pueden operar como mediaciones capaces de promover reconocimiento identitario, agencia y resistencia política. El eje central de este trabajo es el Museo Temporario, entendido como una práctica pedagógica, poética y comunitaria de activación de la memoria, que se construye desde el afecto, la escucha y el relato. Esta experiencia, desarrollada con el grupo de mujeres "Mulheres Guerreiras" del Campamento Sebastião Camargo (PR), pone en evidencia cómo la mediación cultural puede devolver la voz a sujetxs históricamente silenciadxs, fortalecer vínculos comunitarios y promover una educación afectiva. El texto recorre brevemente la historia de los museos y las contranarrativas museológicas críticas, analiza el surgimiento del MST y la historia del campamento Sebastião Camargo, y profundiza en la participación política de las mujeres en la lucha por la tierra. Finalmente, presenta un análisis detallado de la experiencia del Museo Temporario con las mujeres del campamento, destacando su potencia como herramienta de transformación simbólica y política en contextos de vulnerabilidade.esopenAccessmovimentos popularesMovimento dos Trabalhadores Sem Teto (Brasil)museusmulheresContranarrativas museológicas: El museo temporario como mediación cultural "uma ferramenta de escuta e fala"