Santos, Natália Duquini dos2024-05-272024-05-272024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8308Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Antropologia – Diversidade Cultural Latino-Americana.Este trabalho de conclusão de curso de Antropologia - Diversidade Cultural Latinoamericana, surge a partir da participação, ao longo de 2022, nas oficinas de literatura na Penitenciária Federal Feminina - Unidade de Progressão (PFF-UP) de Foz do Iguaçu realizadas pelo grupo de extensão Direito à Poesia, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Durante as oficinas do projeto, exploramos textos literários com o objetivo de estimular novas produções inspiradas nos temas emergentes dos diálogos. Este estudo tem como objetivo geral analisar questões que manifestaram-se ao longo das oficinas, visando compreender as problemáticas do sistema prisional sob a perspectiva de gênero e raça. A pesquisa, embasada em teóricos como Michel Foucault, Angela Davis, Fábio Mallart e Carla Akotirene, visa compreender as violências e desafios enfrentados pelas mulheres em privação de liberdade, assim como suas respostas à estes. Utilizando uma abordagem etnográfica, as narrativas das internas foram analisadas, onde emergiram temas como saúde mental, uso de psicofármacos, violências, religião, trabalho e literatura no cárcere. Os resultados destacam as condições adversas do ambiente carcerário, a ausência de assistência adequada à saúde mental, a precariedade das condições de trabalho e a ineficácia da prisão como instrumento de ressocialização e reeducação. Nesse sentido, é crucial promover debates sobre a obsolescência do modelo prisional atual e buscar alternativas que priorizem a educação, a redução das desigualdades, a autonomia do pensamento e o respeito aos direitos humanos.viopenAccessLiteraturaprisõesviolênciaraçagênero.Entre as linhas do cárcere: mecanismos de controle e subalternização no sistema prisional.