Silva, Gessyca Fernanda da2022-06-142022-06-142022https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/6637Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Neotropical, do Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Biodiversidade Neotropical.A atrazina (ATZ) é um herbicida usado em larga escala na agricultura Brasileira, apesar de afetar a estabilidade dos ecossistemas e a saúde humana. Sua degradação ocorre naturalmente no solo por fatores abióticos e bióticos. E embora haja grandes progressos em direção ao conhecimento sobre a degradação bacteriana da ATZ, muitas perguntas permanecem sem resposta sobre esse herbicida e a comunidade de fungos in situ. O objetivo desse trabalho foi avaliar a dinâmica da comunidade fúngica de um solo agrícola com cultivo de milho, com histórico de aplicação de ATZ da Bacia do Paraná 3, Brasil. Nove microcosmos foram preparados com 500 g de solo e organizados em três sistemas: controle (sem adição de ATZ), T1 (suplementado com 300 ng de ATZ Kg-1 de solo) e T2 (suplementado com 3000 ng de ATZ Kg-1 de solo), em triplicata. Os microcosmos foram incubados a 28°C, e o isolamento realizado a cada sete dias, durante 28 dias (0, 7, 14, 21, 28), em meio de cultivo Extrato de Malte 2% (MA2) e MA2 suplementado com guaiacol (para isolamento de fungos ligninolíticos, MA2G). A amostra de solo antes da montagem dos microcosmos apresentou 0,02 mg ATZ Kg-1 de solo e entre os fatores químicos e físicos avaliados destaca-se o pH alcalino e alta concentração de P. Os isolados foram caracterizados morfologicamente para obter o número de morfoespécies e o sequenciamento da região ITS do DNAr permitiu a identificação taxonômica da comunidade geral (meio de cultivo MA2) e comunidade ligninolítica (meio de cultivo MA2G com atividade enzimática). No total foram isolados 114 morfoespécies, destes 52% ocorreram em mais de um tratamento, 38% aparecem uma única vez e 27% das morfoespécies ocorreram em todos os tratamentos. Na comunidade ligninolítica 24 morfoespécies apresentaram atividade, sendo 63% exclusivas dos tratamentos com adição de ATZ (T1 e T2). Não foram encontradas diferenças significativas na riqueza de morfoespécies. Por outro lado, a adição de ATZ em baixas concentrações pode desencadear respostas diferentes em relação à composição da comunidade. Para os fungos ligninolíticos, a adição de ATZ resultou em um efeito positivo sobre a comunidade, indicando, possivelmente, sua relação com a degradação natural do defensivo químico. Houve predominância de fungos do filo Ascomycota e um processo de sucessão biológica foi identificando, destacando alguns gêneros de maior impacto, principalmente entre o sétimo e o 14º dia. Com isso, nosso estudo contribui para a compreensão da diversidade de fungos no solo, importante para uma melhora na qualidade do solo em solos contaminados com ATZ na produtividade dos ecossistemas agrícolas.poropenAccessSolo agrícola. Herbicida. Ascomycota. Diversidade de fungosDiversidade de Fungos em Solo Contaminado com Atrazina: Dinâmica da Comunidade Fúngica em MicrocosmosmasterThesis