García Cruz, Yency Astrid2025-08-122025-08-122025-08-12https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9210Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino- Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas – Economia, Integração e Desenvolvimento.A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo que não apenas impacta na saúde das jovens mães e seus filhos, mas também nas suas oportunidades educacionais, sociais e econômicas, situação que se agrava com mais uma nova gestação ainda na adolescência. No Brasil, apesar da redução da gravidez adolescente nas últimas décadas, a reincidência da gravidez e o baixo peso ao nascer (BPN) em bebês de mães adolescentes continuam sendo desafios para a saúde pública. Este estudo buscou determinar os fatores associados à prevalência da reincidência de gravidez na adolescência e o BPN. Realizou-se um estudo transversal combinando análises descritivas, Análise de Correspondência Múltipla (MCA) e regressão Log-Poisson estimando as razões de prevalência (RP), utilizando dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 2023. Foram consideradas informações de mais de 294 mil declarações de nascimentos filhos de mães entre 10 e 19 anos. Os resultados revelaram que 25,4% dos nascimentos de filhos de mães adolescentes foram resultados de gravidez reincidente. Os fatores associados à prevalência de gravidez reincidente foram: jovens de 15 a 19 anos, baixa escolaridade, raça negra ou indígena e residentes em áreas rurais ou nas regiões Norte e Centro-Oeste. A análise multivariada e as RP apontaram que o pré-natal inadequado e uniões estáveis aumentaram o risco de gravidez reincidente, enquanto complicações neonatais, como o BPN, atuaram como fatores protetivos. Em relação ao BPN, este foi identificado em 10,75% dos nascidos de mães adolescentes, os principais fatores associados foram: idade materna entre 10 e 14 anos, escolaridade baixa, pré-natal inadequado, prematuridade e gestações múltiplas. Além disso, disparidades regionais e raciais foram evidentes, com maior prevalência em mães negras e residentes no Sudeste. O estudo destaca a necessidade de políticas integradas direcionadas aos grupos mais vulneráveis que combinem o ampliamento de serviços de saúde pré-natal e pós-parto, além de garantir a permanência escolar para as mães na primeira experiencia de maternidade com o objetivo de reduzir a reincidência da gravidez e melhorar desfechos neonatais como o BPN. Políticas públicas podem ser potencializados com ações direcionadas as mães adolescentes e seus filhos, como acompanhamento pós-parto e apoio psicossocial, visando romper o ciclo de vulnerabilidades que perpetua essas desigualdades. Resumen El embarazo adolescente es un fenómeno complejo que no solo impacta la salud de las madres jóvenes y sus hijos, sino también sus oportunidades educativas, sociales y económicas, una situación que se ve exacerbada por un embarazo reincidente aun durante la adolescencia. En Brasil, a pesar de la reducción del embarazo adolescente en las últimas décadas, el embarazo reincidente y el bajo peso al nacer (BPN) en los bebés nacidos de madres adolescentes siguen siendo desafíos para la salud pública. Este estudio buscó determinar los factores asociados con la prevalencia del embarazo reincidente en adolescentes y el BPN. Se realizó un estudio transversal que combinó análisis descriptivos, Análisis de Correspondencia Múltiple (MCA) y regresión Log-Poisson, estimando razones de prevalencia (RP). Se utilizaron datos del Sistema de Información de Nacidos Vivos (SINASC) de 2023. Se consideró informaciones de más de 294,000 declaraciones de nacimientos de madres adolescentes de 10 a 19 años. Los resultados revelaron que el 25.4% de los nacimientos de madres adolescentes fueron resultado de un embarazo reincidente; los factores asociados con la prevalencia de embarazos reincidentes fueron: jóvenes de 15 a 19 años, bajo nivel educativo, raza negra o indígena y vivir en zonas rurales o en las regiones Norte y Centro-Oeste. El análisis multivariado y las RP indicaron que la atención prenatal inadecuada y las uniones estables aumentaron el riesgo de embarazos repetidos, mientras que las complicaciones neonatales, como el BPN, actuaron como factores protectores. Con respecto al BPN, se identificó en el 10.75% de los nacimientos de adolescentes; los principales factores asociados fueron: edad materna entre 10 y 14 años, bajo nivel educativo, atención prenatal inadecuada, prematuridad y embarazos múltiples. Además, se evidenciaron disparidades regionales y raciales, con una mayor prevalencia entre madres negras y residentes del Sureste. El estudio destaca la necesidad de políticas integradas dirigidas a los grupos más vulnerables, que combinen servicios de salud prenatal y posparto ampliados, además de garantizar la asistencia escolar de las madres primerizas. Esto busca reducir los embarazos reincidentes en adolescentes y mejorar los resultados neonatales, como el BPN. Políticas públicas pueden fortalecerse con acciones dirigidas a las madres adolescentes y sus hijos, como el seguimiento posparto y el apoyo psicosocial, con el fin de romper el ciclo de vulnerabilidad que perpetúa estas desigualdades.ptopenAccessgravidez na adolescênciabaixo peso ao nascersaúde públicapolíticas públicasFatores associados a prevalência da gravidez reincidente na adolescência e do baixo peso ao nascer no Brasil