Perdomo, Ingrid Leão2025-03-262025-03-262025https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8972Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.Os fungos representam um dos grupos de organismos mais diversos existentes e desempenham papéis cruciais na decomposição de matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e na produção de medicamentos. No entanto, eles também podem atuar como patógenos de humanos e os fungos oportunistas, em particular, provavelmente evoluíram devido às pressões de seleção, permitindo assim o estabelecimento no hospedeiro mamífero. Contudo, esses organismos possuem uma capacidade de virulência inerente baixa e causam doenças em hospedeiros com um sistema imune enfraquecido. O tratamento de infecções fúngicas é desafiador devido à restrita diversidade de agentes antifúngicos, bem como ao aumento da resistência a esses medicamentos. As mudanças ambientais, como o aquecimento global e a poluição, contribuem para a propagação de fungos resistentes, o que representa um problema de saúde pública. Dessa forma, o presente trabalho avaliou a susceptibilidade de fungos oportunistas isolados de ambientes impactados por atividade antrópicas ao antifúngico Anfotericina B (AmB), com base na metodologia de referência E.DEF. 9.4 do European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) e analisou o impacto das alterações ambientais na possível aquisição de resistência dos fungos ao agente antifúngico. Foram avaliados 27 fungos filamentosos depositados na Coleção de Cultura de Microrganismos de Importância Biotecnológica e Ambiental (CCMIBA), isolados de sedimentos a partir de três pontos da região de Arroio Dourado, em Foz do Iguaçu, Paraná. O primeiro ponto de coleta (P1) está localizado antes do antigo lixão, influenciado pelas grandes áreas de cultivo de milho e soja; o segundo ponto (P2) está localizado após a região do antigo lixão e com grande influência de atividade antrópica, como assentamentos, moradias ilegais e descarte de esgoto doméstico sem tratamento; já o terceiro ponto de amostragem (P3) se localiza onde o córrego se junta ao Rio Tamanduá, onde seu fluxo aumenta substancialmente. A maioria dos fungos testados, 51,9%, apresentaram alta resistência à Anfotericina B. A média e a baixa resistência foram identificadas em 22,2% e 25,9% dos fungos, respectivamente. Esses resultados sugerem que, para a maioria dos fungos, é necessária uma concentração elevada de Anfotericina B para exercer uma ação antifúngica eficaz. Ao relacionar os resultados com os pontos de coleta, o P1 teve a maior contribuição para a alta resistência, 25,9%, seguido pelo P2 (14,8%) e pelo P3, que apresentou a menor contribuição para a resistência alta, 11,1%. Já em relação aos gêneros testados, os isolados do gênero Trichoderma apresentaram a segunda maior proporção de resistência alta (14,8%), seguidos por Aspergillus (3,7%) e Penicillium (3,7%). Além disso, a maior proporção para alta resistência (18,5%) foi observada em isolados ainda não identificados, o que destaca a importância da identificação taxonômica para compreender melhor os mecanismos de resistência. O trabalho evidenciou a capacidade de sobrevivência e adaptação dos fungos frente às pressões ambientais, cenário que ressalta a importância de desenvolver práticas mais sustentáveis, como a redução do descarte inadequado de contaminantes, uma vez que esses fatores podem contribuir para o desenvolvimento de cepas resistentes. Resumen Los hongos representan uno de los grupos de organismos más diversos que existen y desempeñan papeles cruciales en la descomposición de la materia orgánica, el ciclo de los nutrientes y la producción de medicamentos. Sin embargo, también pueden actuar como patógenos del ser humano y, en particular, los hongos oportunistas probablemente han evolucionado debido a presiones de selección, lo que les ha permitido establecerse en el hospedador mamífero. Sin embargo, estos organismos tienen una baja capacidad de virulencia inherente y causan enfermedades en huéspedes con un sistema inmunitario debilitado. El tratamiento de las infecciones fúngicas supone un reto debido a la restringida diversidad de agentes antifúngicos, así como al aumento de la resistencia a estos fármacos. Los cambios ambientales, como el calentamiento global y la contaminación, contribuyen a la propagación de hongos resistentes, lo que representa un problema de salud pública. Por lo tanto, este estudio evaluó la susceptibilidad de hongos oportunistas aislados de entornos afectados por actividades antropogénicas al fármaco antifúngico Anfotericina B (AmB), basándose en la metodología de referencia E.DEF. 9.4 del European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) y se analizó el impacto de los cambios ambientales en la posible adquisición de resistencia fúngica al antifúngico. Se evaluaron 27 hongos filamentosos depositados en la Colección de Cultivos de Microorganismos de Importancia Biotecnológica y Ambiental (CCMIBA), aislados de sedimentos de tres puntos de la región de Arroio Dourado, en Foz do Iguaçu, Paraná. El primer punto de colecta (P1) está localizado antes del antiguo basurero, influenciado por grandes áreas de cultivo de maíz y soja; el segundo punto (P2) está localizado después del antiguo basurero y está fuertemente influenciado por la actividad antropogénica, como asentamientos, viviendas ilegales y eliminación de aguas residuales domésticas no tratadas; mientras que el tercer punto de muestreo (P3) está localizado donde el arroyo se une al río Tamanduá, donde su caudal aumenta sustancialmente. La mayoría de los hongos analizados, el 51,9%, mostraron una alta resistencia a la anfotericina B. Se identificó resistencia media y baja en el 22,2% y el 25,9% de los hongos, respectivamente. Estos resultados sugieren que, para la mayoría de los hongos, se requiere una concentración elevada de Anfotericina B para ejercer una acción antifúngica eficaz. Al relacionar los resultados con los puntos de recogida, P1 tuvo la mayor contribución a la alta resistencia, un 25,9%, seguido de P2 (14,8%) y P3, que tuvo la menor contribución a la alta resistencia, un 11,1%. En cuanto a los géneros analizados, los aislados del género Trichoderma presentaron la segunda mayor roporción de alta resistencia (14,8%), seguidos de Aspergillus (3,7%) y Penicillium (3,7%). Además, la mayor proporción de resistencias elevadas (18,5%) se observó en aislados que aún no habían sido identificados, lo que pone de relieve la importancia de la identificación taxonómica para comprender mejor los mecanismos de resistencia. El trabajo puso de relieve la capacidad de los hongos para sobrevivir y adaptarse a las presiones medioambientales, un escenario que subraya la importancia de desarrollar prácticas más sostenibles, como la reducción de la eliminación inadecuada de contaminantes, ya que estos factores pueden contribuir al desarrollo de cepas resistentes.ptopenAccessfungosAnfotericina Bpoluição ambientalantígenos de fungosAvaliação da suscetibilidade ao antifúngico Anfotericina B (AmB) de fungos oportunistas isolados de ambientes impactados