Pestana, Cezar RangelSouza, Suzana de2020-03-182020-03-182020-05-30SOUZA, Suzana de. Fatores maternos e ambientais associados às anomalias congênitas em Foz do Iguaçu, PR. 2020. 81 p. Dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biociências – Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2020.https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/5652Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biociências, do Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências. Orientador: Prof. Dr. Cezar Rangel PestanaAs anomalias congênitas constituem importante causa de morbimortalidade infantil. Foz do Iguaçu apresenta uma incidência de 9,23/1.000 nascidos vivos, maior que a observada no Brasil e no Paraná que é de 8,07/1.000 e 7,03/1.000 nascidos vivos, respectivamente, entretanto, sua epidemiologia e determinantes são desconhecidos. A pesquisa foi realizada em duas etapas e teve como objetivo descrever a epidemiologia e identificar os fatores sociodemográficos e ambientais associados às anomalias congênitas em Foz do Iguaçu. As informações foram extraídas do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos. Foram incluídos os registros de todos os nascidos vivos entre 2012 e 2017. Na primeira pesquisa, realizou-se um estudo seccional. Foram coletadas variáveis sociodemográficas maternas, assistenciais e do recém-nascido, descritas em números absolutos e relativos; foram calculadas as taxas de incidência e a tendência para o total de anomalias; para o tipo de sistema afetado, calculou-se a proporção por ano de registro e a tendência; para as anomalias congênitas maiores calculou-se a taxa de incidência e verificou-se sua associação com a idade materna. Para identificar os fatores associados às anomalias, foram propostos modelos de regressão logística simples e múltipla. Na segunda pesquisa, realizou-se um estudo ecológico, considerando como unidade de análise os setores censitários de Foz do Iguaçu. Os dados foram georreferenciados nos mapas em shapefile. Foram calculadas taxas de incidência para o total de anomalias, e para anomalias do sistema nervoso, musculoesquelético, fenda labial e/ou palatina e gastrosquise. A análise espacial foi realizada através do Índice de Moran Global, LISA, análise de G e varredura espacial. Modelos de regressão logística simples e múltipla foram aplicados para verificar a associação entre taxa de anomalias e taxa de parturientes adolescentes, parturientes acima de 35 anos, pré-natal tardio, população sem renda, população com renda acima de 5 salários mínimos e distância da Linha de Transmissão de Energia. Foram identificados 230 casos de anomalias congênitas, dos quais 102 eram anomalias congênitas maiores. A taxa de incidência média de anomalia no período foi de 9,9/1.000 nascidos vivos. O sistema mais prevalentemente afetado foi o musculoesquelético, e a categoria de outras anomalias apresentou tendência crescente. As anomalias congênitas maiores mais prevalentes foram fenda labial e/ou palatina e gastrosquise, que apresentou associação com a idade materna precoce. Os fatores associados às anomalias foram início do pré-natal após o 1° trimestre, parto cesárea, recém-nascido prematuro, do sexo masculino, baixo peso e com baixo escore de Apgar. Com relação a análise espacial realizada, não se observou autocorrelação espacial entre as taxas de anomalia. A taxa de Gastrosquise foi a única associada com a distância da Linha de Transmissão de Energia.Las anomalías congénitas son una causa importante de morbilidad y mortalidad infantil. Foz de Iguazú tiene una incidencia de 9.23/1,000 nacimientos vivos, mayor que la observada en Brasil y Paraná, que es 8.07/1,000 y 7.03/1,000 nacimientos vivos, respectivamente, sin embargo, su epidemiología y determinantes son desconocidos. La investigación consta de dos etapas y tiene como objetivo describir la epidemiología e identificar los factores sociodemográficos y ambientales asociados con las anomalías congénitas en Foz do Iguazú. La información se extrajo del Sistema de información de nacimientos vivos. Se incluyeron registros de todos los nacimientos vivos entre 2012 y 2017. En la primera investigación, se realizó un estudio seccional. Se recogieron variables sociodemográficas maternas, asistenciales y neonatales, descritas en números absolutos y relativos; las tasas de incidencia y la tendencia acerca de las anomalías totales se calcularon; para el tipo de sistema afectado, se calcula el porcentaje por año de registro y la tendencia; para las anomalías congénitas mayores, se calculó la tasa de incidencia y se verificó su asociación con la edad materna. Para identificar los factores asociados a las anomalías se propusieron modelos de regresión logística simple y múltiple. En la segunda investigación, se realizó un estudio ecológico, considerando como unidad de análisis los distritos censales de Foz de Iguazú. Los datos se georreferenciaron en mapas shapefile. Se calcularon las tasas de incidencia para las anomalías totales y para las anomalías del sistema nervioso, musculoesquelético, labio leporino y/o paladar hendido y gastrosquisis. El análisis espacial se realizó utilizando el Índice de Moran global, LISA, el análisis de G y de exploración espacial. Se aplicaron modelos de regresión logística simple y múltiple para verificar la asociación entre la tasa de anomalías y la tasa de parturientas adolescentes, parturientas mayores de 35 años, prenatal tardía, población sin ingresos, población con ingresos superiores a 5 salarios mínimos y distancia de la Línea de Transmisión de Energía. Identificamos 230 casos de anomalías congénitas, de las cuales 102 fueron anomalías congénitas mayores. La tasa de incidencia promedio de anomalía en el período fue de 9.9/1,000 nacimientos vivos. El sistema más prevalente fue el sistema musculoesquelético, y la categoría de otras anomalías mostró una tendencia creciente. Las principales anomalías congénitas más frecuentes fueron labio leporino y/o paladar hendido y gastrosquisis, que se asoció con la edad materna temprana. Los factores asociados con anormalidades fueron la atención prenatal después del primer trimestre, parto por cesárea, recién nacido prematuro, masculino, bajo peso y bajo puntaje de Apgar. En cuanto al análisis espacial, no había autocorrelación espacial entre las tasas de anomalías. La tasa de gastrosquisis fue la asociada a la distancia de la Línea de Transmisión de Energía.poropenAccessAnomalia congênitaEpidemiologia.masterThesis