Machado, Jessica de Figueiredo2017-08-152017-08-152016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2265IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Este trabalho faz parte de uma pesquisa que visa trabalhar a poeta uruguaia Delmira Agustini (1886- 1914), analisando a recepção de suas poesias. Agustini se enquadra no modernismo hispano- americano. Contudo, a historiografia literária demorou a reconhecêla e foi somente com o trabalho de Alberto Zum Felde, iniciado em 1921 (dez anos após sua morte) e reforçado em 1944, (ou seja, a partir de uma leitura vanguardista) que passou a integrar o corpus dos estudos sobre o modernismo. A partir disto, há um anacronismo, considerando que sua leitura e recepção são de fato motorizadas pela vanguarda, antes do que pela mínima recepção durante sua curta vida. Assim haveria dois momentos na recepção de Agustini, um modernista e um vanguardista. A primeira recepção modernista, tinha a visão de Agustini como infantilizada. Na revista Rojo y Blanco, se publica uma pequena nota antes da poesia da autora, que diz que “La autora de esta composición es una niña de doce años (...)” (Rojo y Blanco, 1902, p. 16). Porém a autora tinha não doze, mas dezesseis anos quando publicou nesta revista. Já a segunda recepção vanguardista tem sua figura principal com Alberto Zum Felde, que faz uma espécie de extração dos poemas de acordo com uma seleção que separa, em uma primeira parte, “lo mejor de su [de Delmira Agustini] creación poética”. Pretendese aqui analisar as diferenças entre estas duas recepções de Agustini e esboçar algumas hipóteses para explicar o interesse vanguardista nesta poeta.poropenAccessDelmira Agustini - poetisa uruguaiaAs duas recepções de Delmira AgustiniconferenceObject