Saqueto, Maria Imaculada de Souza2025-08-122025-08-122025-08-12https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9216Os modelos de negócios baseados em plataformas digitais têm redefinido e expandido diversos mercados globais, promovendo transformações significativas nas dinâmicas econômicas e sociais. No entanto, essa reconfiguração, que também se reflete no mercado de trabalho, traz desafios que vão além da inovação tecnológica. Nesse sentido, para enriquecer essa discussão e ampliar as análises sobre o fenômeno, este estudo tem como objetivo oferecer uma análise comparativa entre trabalhadores de aplicativos (plataformizados) e aqueles que desempenharam a mesma atividade sem o uso dessas plataformas (não plataformizados). Para isso, foram utilizados dados secundários da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), referente ao quarto trimestre de 2022 e o método de análise de Heckman. A partir dessas análises, observou-se uma maior concentração de plataformizados na região Sudeste do país, predominantemente entre homens, com idade média de 32 anos, e com nível de escolaridade de ensino médio completo ou superior incompleto. Além disso, a maioria atuava por conta própria há mais de dois anos nas plataformas, sendo mais da metade deles pretos e pardos. Ademais, constatou-se que os trabalhadores de plataformas comparados neste estudo receberam menores remunerações por hora trabalhada e, em sua maioria, exerceram jornadas de trabalho mais longas. Dessa forma, os resultados indicam a presença de desigualdades de renda associadas às economias digitais, sugerindo que essa forma de trabalho pode estar acentuando disparidades na distribuição de renda entre diferentes grupos de trabalhadores.viaplicações webtrabalhadoresdesigualdades econômicasmercado de trabalhoDesigualdades na economia digital: análise comparativa entre trabalhadores plataformizados e não plataformizados no Brasil