Souza, Adrieli Barboza de2024-09-252024-09-252024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8511Dissertação de mestrado apresentada ao PPG-BC (Programa de Pós-Graduação em Biociências), do ILACVN (Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza), da UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências.Erliquiose, babesiose e anaplasmose são doenças de distribuição mundial que afetam cães, conhecidas como hemoparasitoses caninas. No Brasil, essas doenças, transmitidas pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, apresentam importância veterinária e humana devido ao seu caráter endêmico e potencial zoonótico. As infecções podem causar sintomas graves e inespecíficos, dificultando o diagnóstico e o tratamento eficaz. Embora existam tratamentos disponíveis, a vacinação é considerada a medida preventiva mais eficiente, segura e econômica. Contudo, até o momento, não existe uma vacina quimérica recombinante contra essas hemoparasitoses caninas. Este estudo teve como objetivo desenvolver e avaliar a segurança e imunogenicidade de uma vacina recombinante contra Ehrlichia canis, Babesia canis e Anaplasma phagocytophilum em cães. A proteína quimérica recombinante foi construída utilizando peptídeos imunodominantes das proteínas TRP36, CBA e VirB10, selecionados por seu potencial imunogênico contra E. canis, B. canis e A. phagocytophilum, respectivamente, e por sua natureza conservada. Utilizando técnicas de bioinformática, foram preditos epítopos imunodominantes, resultando em uma quimera expressa em Escherichia coli. Para o estudo, os cães foram distribuídos em quatro grupos experimentais (n=4/grupo): Grupo Vacina (imunizado com proteína quimera com adjuvante saponina e hidróxido de alumínio), Grupo Proteína (imunizado com proteína quimera), Grupo Adjuvante (imunizado com adjuvante saponina e hidróxido de alumínio) e Grupo Controle. Os animais receberam três doses por via subcutânea, com intervalo de 21 dias. As diferentes formulações avaliadas não induziram alterações locais ou sistêmicas, demonstrando-se seguras para administração em animais. A análise da resposta imune humoral revelou que as formulações contendo a proteína quimera, especialmente quando combinada com adjuvantes, induziram níveis significativos de anticorpos IgG anti-proteína quimérica após o protocolo vacinal. Além disso, a avaliação dos níveis de IFN-γ no sobrenadante de culturas de células, utilizando o ensaio ELISA, indicou que a vacina foi capaz de induzir uma resposta imune celular do tipo Th-1 nos grupos Proteína e Vacina, essencial para combater infecções intracelulares. Este estudo fornece evidências de que a proteína quimérica desenvolvida a partir de peptídeos imunodominantes das proteínas VirB10, CBA e TRP36 de A. phagocytophilum, B. canis e E. canis, respectivamente, é imunogênica e segura. Além disso, sugere-se que esta proteína pode ser uma potencial candidata a vacina contra essas hemoparasitoses caninas, necessitando de otimização adicional para garantir a estabilidade em condições práticas.viopenAccessproteína recombinantebioinformáticahemoparasitosesvacinologia reversaproteína quimérica.Desenvolvimento de uma vacina quimérica contra Anaplasma phagocytophilum, Ehrlichia canis e Babesia canis em cães.Thesis