Cronemberger, Igor Vasconcelos Barros2023-07-132023-07-132023https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/7494Artigo apresentado à Universidade Federal da Integração Latino-Americana como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão da SaúdeA epilepsia é uma doença com importante impacto em termos sociais e de saúde pública. Indivíduos com diagnóstico de epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso são candidatos ao tratamento cirúrgico de epilepsia. A investigação quanto à viabilidade dessa modalidade de tratamento é realizada no SUS em Serviços de Alta Complexidade em Investigação e Cirurgia de Epilepsia habilitados e credenciados, segundo legislação específica, para esse fim. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar a produção dos Serviços de Alta Complexidade em Investigação e Cirurgia de Epilepsia entre os anos de 2008e 2021 por região do Brasil. Para tanto, realizou-se um estudo epidemiológico, de caráter descritivo, a partir dos dados obtidos no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do DATASUS no período de 2008 e 2021. Os seguintes parâmetros de interesse foram adotados: (1) número de internações por região, (2) número de internações por local de residência, (3) valor total gasto com internações no período, (4) valor dos serviços hospitalares, (5) valor dos serviços profissionais, (6) valor médio de internação e (7) média de tempo em dias de permanência hospitalar. A análise dos dados foi baseada no cálculo das proporções entre os valores dos parâmetros pertinentes supracitados obtidos para cada região em relação ao valor total das cinco regiões em conjunto, utilizando-se, quando relevante, dados demográficos disponíveis no DATASUS.Observou-se que o tempo médio de permanência hospitalar foi de 9,4 dias, com valor médio de internação de 5413,21 reais. Ao se analisar os procedimentos, verificou-se que a microcirurgia para lobectomia temporal/amigdalo-hipocampectomia seletiva foi o procedimento mais comumente realizada em todo o país. Em linhas gerais, observou-se uma concentração desigual dos Serviços de Investigação e Cirurgia de Epilepsia e da população atendida por esses serviços conforme região de residência entre as regiões Norte/Nordeste e Sul/Sudeste/Centro-Oeste. Em relação ao número de internações, cerca de 50% são de residentes da região Sudeste ao passo que somente 4,2% são de residentes da região Norte. Diante disso, concluiu-se que inexistência de Serviços de Investigação e Cirurgia de Epilepsia próximos ao local de residência pode influir no tratamento cirúrgico desigual de epilepsia entre distintas regiões do Brasil.porCirurgia de epilepsia; doenças neurológicas; cirurgia de epilepsia; Sistema Único de Saúde; desigualdade regional em saúdeInternações em Serviços de Assistência de Alta Complexidade em Investigação e Cirurgia de Epilepsia no Sistema Único de Saúde nos Anos de 2008 a 2021bachelorThesis