Rastely, Nedice Borges Cardoso2023-11-012023-11-012023https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/7646Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.Atualmente, observamos uma demanda terapêutica crescente por produtos derivados da Cannabis. Portanto, a quantificação confiável e rápida dos extratos de Cannabis sativa L, bem como a compreensão dos fatores que influenciam a sua degradação, são etapas fundamentais para o controle de qualidade dos extratos. Este estudo teve como objetivo investigar a degradação dos fitocanabinoides Δ9-Tetrahidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD), juntamente com suas formas ácidas, ácido tetrahidrocanabinol (THCA) e ácido canabidiol (CBDA), em extratos medicinais submetendo-os a diversas condições de armazenamento ao longo do tempo. A metodologia de dosagem, utilizando a cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC-DAD), foi validada seguindo as diretrizes do INMETRO. O armazenamento foi realizado por 5 meses nas seguintes condições: temperatura a 5 °C e 25 °C, com e sem luz a LED. A validação da metodologia para dosagem dos fitocanabinóides THC, CBD e suas formas ácidas foi realizada com sucesso. O método apresentou efeito de matriz, portanto toda validação foi realizada diretamente nos extratos de cannabis, e boa linearidade com coefiente de correlação superior a 0,99. A precisão intermediaria e repetibilidade foram obtidas na faixa de trabalho utilizada, estimada pelo RSD inferior a 11%. Os limites de detecção e quantificação para o CBD-A, CBD, THC e THC-A, variaram de 0,57 a 16,73 e de 22,34 a 51,23 μg/mL respectivamente, para todos os quatro fitocanabinóides dosados. Os resultados indicam uma degradação gradual nos extratos, com algumas variações e influências das condições de armazenamento, chegando a perdas de 34 e 82% após cinco meses para o THC e CBD, respectivamente. As formas ácidas foram totalmente degradadas após três meses em todas as condições de armazenamento. As análises mostraram diferenças na degradação entre CBD e THC. A luz e a temperatura tiveram impacto na degradação, sendo o THC mais susceptível à luz e temperatura de 25 oC. Já o CBD foi mais suscetível na ausência de luz e temperatura de 25 oC. Dadas as diferenças nas variáveis que influenciam o THC e o CBD, recomenda-se que os extratos ricos em THC sejam armazenados a baixas temperaturas e protegidos da luz, enquanto os ricos em CBD devem ser armazenados a baixas temperaturas e com luz. Porém, fica evidente que em todos os extratos após 150 dias de armazenamento as concentrações, na melhor das hipóteses, caem abaixo de 50% da concentração, necessitando de ajustes na dosagem.poropenAccesscannabis; canabinoides; THC, dosagem; validação de método; CBDEstudo da Estabilidade de Fitocanabinoides em Extratos Medicinais de Cannabis sativa L, em Diferentes Condições de ArmazenamentobachelorThesis