Vaal Rodríguez, Violeta2025-05-062025-05-062025-05-06https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9090Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada.Esta dissertação propõe o Desertão como um instrumento de representação espacial heterotópica (Brandão, 2013; Ludmer, 2010; Rivera Cusicanqui, 2018) que emerge da interseção entre o deserto e o sertão. Por meio de uma leitura comparativa de La cabeza del santo (2023) e Furia (2021), romances escritos por Socorro Acioli e Clyo Mendoza, respectivamente, são mostradas as possibilidades narrativas que o Desertão proporciona, com base na concepção de imaginário de Jacques Lacan (1987; 2009), em que a figura da miragem condensa os deslocamentos e fragmentações presentes nas obras, onde o corpo vive uma experiência ambivalente que transcende as categorias binárias de vida/morte, humano/animal, feminino/masculino. Por fim —e considerando o espaço como um conceito transversal— Furia e La cabeza del santo são examinados não apenas como textos, mas também como produtos literários em circulação, explorando aspectos de autoria, recepção e mercado editorial, por meio de categorias como regionalismo, transculturação (Rama, 1984; 1998) e literatura do deserto; bem como os vínculos com Pedro Páramo (1955) de Juan Rulfo (1917-1986) e o realismo mágico de Gabriel García Márquez (1927-2014). Resumen Esta tesis propone al Desertão como un instrumento de representación espacial heterotópica (Brandão, 2013; Ludmer, 2010; Rivera Cusicanqui, 2018) que surge del cruce entre el desierto y el sertão. A través de una lectura comparada de La cabeza del santo (2023) y Furia (2021), novelas escritas por Socorro Acioli y Clyo Mendoza, respectivamente, se muestran las posibilidades narrativas que el Desertão proporciona, recurriendo a la conceptualización de imaginario de Jacques Lacan (1987; 2009), en el que la figura del espejismo condensa los desplazamientos y fragmentaciones presentes en las obras, donde el cuerpo vive una experiencia ambivalente que trasciende las categorías binarias de vida/muerte, humano/animal, femenino/masculino. Finalmente —y considerando al espacio como un concepto transversal— se examina a Furia y a La cabeza del santo no solo como textos, sino como productos literarios en circulación, al explorar aspectos de autoría, recepción y mercado editorial, por medio de categorías como regionalismo, transculturación (Rama, 1984; 1998) y literatura del desierto; así como los vínculos con Pedro Páramo (1955), de Juan Rulfo (1917-1986) y el realismo mágico de Gabriel García Márquez (1927-2014).esopenAccessregionalismodesertosrealismo fantásticoimagináriosNi desierto ni sertão: Desertão. Imaginario espacial en Furia (2021) y La cabeza del Santo (2023)