Rosa, Victoria Mayara da2025-04-162025-04-162025-04-16https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9067Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Literatura Comparada.Esta investigação tem como horizonte interpretativo a obra literária Um defeito de cor (2006), de Ana Maria Gonçalves. Neste romance, Gonçalves oferece uma análise profunda da história da escravidão nas Américas e das resistências dos sujeitos afrodiaspóricos ao sistema escravista. A obra, narrada a partir da perspectiva de Kehinde, uma mulher africana escravizada, reconstrói memórias silenciadas da diáspora negra, abordando temas como o sequestro de africanos, a travessia transatlântica, a escravidão no Brasil, as revoltas e o cotidiano de negros no Brasil. Esse relato ressignifica o passado ao unir história, memória e ficção, configurando um contradiscurso que desafia a historiografia oficial. Nesse sentido, esta dissertação propõe analisar o romance em diálogo com os conceitos de Amefricanidade (1988), Afrografias (1997) e diáspora no Atlântico Negro (1993), desenvolvidos por Lélia Gonzalez, Leda Maria Martins e Paul Gilroy. O estudo desses conceitos em diálogo com o romance nos permite perceber que a obra reafirma a centralidade da amefricanidade na cultura brasileira e celebra as interseções culturais e históricas do Atlântico negro, configurando-se como um espaço literário de resistência e pertencimento. Resumen Esta investigación tiene como horizonte interpretativo la obra literaria Um defeito de cor (2006), de Ana Maria Gonçalves. En esta novela, Gonçalves ofrece un análisis en profundidad de la historia de la esclavitud en las Américas y la resistencia de los sujetos afrodiaspóricos al sistema esclavista. La obra, narrada desde la perspectiva de Kehinde, una mujer africana esclavizada, reconstruye memorias silenciadas de la diáspora negra, abordando temas como el secuestro de africanos, la travesía transatlántica, la esclavitud en Brasil, las revueltas y la vida cotidiana de los negros en Brasil. Este relato redefine el pasado uniendo historia, memoria y ficción, configurando un contradiscurso que desafía la historiografía oficial. En este sentido, esta tesis se propone analizar la novela en diálogo con los conceptos de Amefricanidad (1988), Afrografías (1997) y diáspora en el Atlántico Negro (1993), desarrollados por Lélia Gonzalez, Leda Maria Martins y Paul Gilroy. El estudio de estos conceptos en diálogo con la novela permite percibir que la obra reafirma la centralidad de la ameafricanidad en la cultura brasileña y celebra las intersecciones culturales e históricas del Atlántico negro, configurándose como un espacio literario de resistencia y pertenencia.viopenAccessGonçalves, Ana Maria, 1970-escravidãohistoriografianegros - BrasilO resgate memorial em Um Defeito de Cor de Ana Maria Gonçalves: travessias e deslocamentos da afrodiáspora