Aguiar, Lucas M.Lima, Laura Cristina PiresGonçalves, Bárbara de Araújo2020-01-032020-01-032019GONÇALVES, Bárbara de Araújo. A diversidade da dieta de macacos-prego (Sapajus spp.) em um fragmento urbano no Sul do Brasil. 2019. 57p. Trabalho de Conclusão de Curso em Ciências Biológicas- Ecologia e Biodiversidade – Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2019https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/5408Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Barachel em Ciências Biológicas- Ecologia e Biodiversidade. Orientador: Prof. Dr. Lucas M. Aguiar e Co-orientadora: Prof. Dr. Laura Cristina Pires LimaO generalismo e oportunismo alimentar de muitos primatas os permitem habitar ambientes alterados, sendo que os macacos-prego possuem a capacidade de adaptar seus comportamentos de forrageio e dieta à disponibilidade local e sazonal dos recursos, inclusive em fragmentos urbanos, onde muitas vezes suplementam a dieta com alimentos antrópicos. Em Foz do Iguaçu, Sul do Brasil, um grupo de macacos-prego sobrevive em um pequeno fragmento florestal urbano onde interagem com as pessoas e são frequentemente alimentados por elas. O objetivo deste estudo foi descrever os padrões de forrageio, alimentação e a diversidade da dieta desses macacos-prego urbanos. Para levantar os itens e espécies consumidas na dieta foi utilizado o método de amostragem de todas as ocorrências e para quantificar o consumo dos itens e espécies foi utilizado o método de varreduras instantâneas entre maio de 2018 e abril de 2019. A diversidade de dieta foi mensurada a partir dos índices de Shannon e Simpson. Para entender os padrões de similaridade da dieta ao longo dos meses foi realizada uma análise de agrupamentos hierárquicos e testado se houve diferença de consumo dos diferentes itens e comportamentos de forrageio e alimentação entre os agrupamentos resultantes. O padrão de atividades diário encontrado foi caracterizado por maior frequência de atividades de forrageamento e deslocamento e menor em alimentação e descanso, que pode estar relacionado ao aporte de suplementação humana. A dieta dos macacos-prego foi composta majoritariamente de material vegetal e alimentos de origem antrópica, mas, quando considerados apenas os itens provenientes da mata, esses animais se mostram essencialmente insetívoros-frugívoros. Foi registrado o consumo de 58 espécies vegetais e os índices indicaram uma baixa diversidade de dieta, porém ainda de acordo com espécies em ambientes mais conservados. A análise de agrupamentos resultou em dois grupos principais, estação seca e úmida, e os meses agrupados correspondem, em grande parte, por períodos descritos com sazonalidade na produção de frutos e invertebrados para a região, bem como ao período de maior consumo desses itens pelos macacos. Apesar de, durante a estação seca, os animais expandirem seu repertório alimentar, a dieta desses animais é baseada principalmente em alimentos de origem antrópica nessa estação, indicando que esses itens podem estar desempenhando o papel de alimentos substitutos neste período. Na estação úmida, apesar da maior oferta de alimentos da mata, encontramos uma alta concentração no consumo de alimentos antrópicos pelos macacos-prego sugerindo que estão em dependência intermediária desse recurso. Os resultados encontrados nesse trabalho ilustram as adaptações alimentares macacos-prego do Jardim-Ipê frente à oferta de recursos de origem antrópica e da mata e contribuem para o entendimento de sua ecologia e comportamentoEl generalismo y el oportunismo alimentario de muchos primates les permite habitar ambientes alterados y, los monos caí tienen la capacidad de adaptar sus comportamientos de alimentación y alimentación a la disponibilidad local y estacional de recursos, incluso en fragmentos urbanos, donde a menudo complementan la dieta con alimentos antropogénicos. En Foz do Iguaçu, en el sur de Brasil, un grupo de monos sobrevive en un pequeño fragmento de bosque urbano donde interactúan con las personas y con frecuencia son alimentados por ellas. El objetivo de este estudio fue describir los patrones de alimentación y diversidad dietética de estos monos urbanos. Para obtener los artículos y las especies consumidas en la dieta, se utilizó el método de muestreo de todas las ocurrencias y para cuantificar el consumo de artículos y especies se usó el método de exploraciones instantáneas entre mayo de 2018 y abril de 2019. La diversidad de la dieta se estimó a partir de los índices de Shannon y Simpson. Con el fin de comprender los patrones de similitud de la dieta a lo largo de los meses, se realizó un análisis de agrupación jerárquica y se verificó si existían diferencias en el consumo de los diferentes artículos y las conductas de alimentación entre los grupos. El patrón de actividades diarias encontrado se caracterizó por una mayor frecuencia de actividades de forrajeo y desplazamiento y menor alimentación y descanso, lo que puede estar relacionado con la contribución de la suplementación humana. La dieta de los monos Caí consistía principalmente en material vegetal y alimentos de origen antrópico, pero cuando se considera solo el bosque, estos animales son esencialmente insectívoros-frugívoros. Se registró el consumo de 58 especies vegetales y los índices mostraron una baja diversidad de dieta, pero aún de acuerdo con las especies en ambientes más conservados. El análisis de agrupamiento dio como resultado dos grupos principales, secos y húmedos, y los meses agrupados corresponden en gran medida a períodos de estacionalidad en la producción de frutas e invertebrados para la región, así como al período de mayor consumo de estos artículos por parte de los monos. Aunque durante la estación seca los animales amplían su repertorio dietético, la dieta de estos animales se basa principalmente en alimentos de origen antrópico en esa temporada, lo que indica que estos elementos desempeñan el papel de sustitutos en el período de mayor suministro de recursos. En la estación húmeda, a pesar de la mayor cantidad de alimentos en el bosque, encontramos una alta concentración en el consumo de alimentos antrópicos por los monos caí, lo que sugiere que se encuentran en una dependencia intermedia de este recurso. Los resultados encontrados en este trabajo ilustran las adaptaciones alimentarias de los monos del Jardim-Ipê frente al suministro de recursos antrópicos y forestales y contribuyen a la comprensión de su ecología y comportamientoporopenAccessMacacos-prego urbanoComportamento alimentarVida selvagem urbanaA diversidade da dieta de macacos-prego (Sapajus spp.) em um fragmento urbano no Sul do BrasilbachelorThesis