Rubio, Fernanda2025-01-282025-01-282024RUBIO, Fernanda. Use of Moringa oleifera in the Treatment of Wastewater and Sediment from Zoo Ponds. July 26, 2024. 91 pages. Dissertation (Doctorate in Energy and Sustainability) – Federal University for Latin American Integration, Foz do Iguaçu.https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8782Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Energia e Sustentabilidade.Esta pesquisa teve como foco o gerenciamento de dois resíduos distintos, sendo um deles as partes dos frutos de Moringa oleifera (moringa) e o outro os sedimentos provenientes de uma lagoa de recinto de zoológico utilizada por Tapirus terrestris (anta). A moringa, apesar de ser amplamente difundida e comercializada em todo o mundo, não foram identificados estudos relacionados à destinação de seus coprodutos por meio de estabilização aeróbia. Inicialmente foi realizada quantificação das partes do fruto de moringa, que revelou ser 77% formado de coprodutos como valvas e cascas das sementes. Os sedimentos das lagoas do zoológico são provenientes da defecação do maior mamífero da América Latina, a anta, que tem a característica peculiar de defecar na água, o que representa um grande desafio para os zoológicos, devido ao volume de material orgânico depositado nessas lagoas. O sedimento de lagoa utilizado neste estudo foi recolhido no zoológico Roberto Ribas Lange localizado no Refúgio Biológico Bela Vista na cidade de Foz do Iguaçu/PR. Duas lagoas artificiais foram selecionadas (L1 e L2), medidas e suas águas analisadas, sendo verificado que a maior carga poluidora se encontrava no fundo. A torta das sementes de moringa (MO) foi utilizada em estudo comparativo com o coagulante sintético sulfato de alumínio (SA) no tratamento da água da L1, em escala laboratorial. Os coagulantes (natural e sintético) apresentaram semelhança na diminuição dos níveis de turbidez, remoção de fósforo, nitrogênio amoniacal e material particulado, contudo, o tratamento com MO não alterou o pH do efluente e produziu um lodo passível de tratamento neutro para o ambiente. Os sedimentos da lagoa L1 foram coletados, quantificados, pré-compostado e utilizado em vermicompostagem com minhocas da espécie Eisenia foetida e partes dos frutos de moringa, avaliados em cinco condições experimentais, nas quais foram variadas as proporções de resíduos. Os vermicompostos não foram fitotóxicos e diferiram quanto à relação C/N, tiveram seus teores de P, K, Ca e condutividade elétrica aumentados durante a estabilização. O desenvolvimento das plantas da espécie Catharanthus roseus (CR) foi avaliado utilizando, além dos vermicompostos, dois compostos comerciais. Os vermicompostos proporcionaram melhor desenvolvimento de CR que os compostos comerciais, principalmente aqueles que não utilizaram a semente de moringa em sua composição. Os frutos de moringa podem ser utilizados em sua integralidade, apresentando-se viável nos tratamentos por clarificação de águas residuárias e também em processos de estabilização por vermicompostagem, sendo alternativas sustentáveis na gestão de resíduos em ambientes de proteção ambiental. Resumen Este trabajo tuvo como objetivo la valorización de dos residuos distintos, siendo ellos partes de los frutos de Moringa oleifera y sedimentos de la laguna del recinto del zoológico utilizada por Tapirus terrestris (tapir). A pesar de que la moringa sea ampliamente difundida y comercializada en todo el mundo, no se han identificado estudios relacionados con la disposición de sus coproductos mediante la estabilización aeróbica. Inicialmente se realizó la cuantificación de las partes del fruto de moringa, que reveló que el 77% de este consiste en coproductos como valvas y cáscaras de las semillas. Los sedimentos de las lagunas del zoológico provienen de la defecación del mayor mamífero de América Latina, el tapir, que tiene la característica peculiar de defecar en el agua, lo que representa un gran desafío para los que lo albergan, debido al volumen de material orgánico depositado en esas lagunas. El sedimento de laguna utilizado en este estudio fue recolectado en el zoológico Roberto Ribas Lange ubicado en el Refugio Biológico Bela Vista en la ciudad de Foz do Iguaçu/PR. Se seleccionaron dos lagunas artificiales (L1 y L2), fueron dimensionadas y sus aguas analizadas, verificándose que la mayor carga contaminante se encuentra en el fondo. La torta de semillas de moringa (TOR) se utilizó en comparación con el coagulante sintético sulfato de aluminio (SA) en el tratamiento del agua de la L1, a escala de laboratorio. Los coagulantes (natural y sintético) presentaron similitud en la disminución de los niveles de turbidez y la eliminación de fósforo, nitrógeno amoniacal y masa seca, sin embargo, el tratamiento con moringa no alteró el pH del efluente y produjo un lodo rico en nutrientes y susceptible de tratamiento neutro para el medio ambiente. Se recolectó, cuantificó, precompostó y utilizó el sedimento de la laguna L1 para estabilización por vermicompostaje utilizando lombrices Eisenia foetida, con partes de los frutos de moringa evaluadas en cinco condiciones experimentales, en las que se variaron las proporciones de residuos. Los vermicompuestos no fueron fitotóxicos y diferían en cuanto a la relación C/N, teniendo sus niveles de P, K, Ca y conductividad eléctrica aumentados durante la estabilización. Se evaluó el desarrollo de las plantas de Catharanthus roseus utilizando, además de los vermicompuestos, dos compostos comerciales. Los vermicompuestos proporcionaron mejor desarrollo de C. roseus que los compostos comerciales, siendo T2 (65% sedimento + 35% valvas de frutos) y T3 (50% sedimento + 35% valvas + 15% cáscaras de semillas) los mejores tratamientos. Los frutos de moringa pueden ser utilizados en su totalidad, siendo viables en tratamientos por clarificación de aguas residuales y también en procesos de estabilización por vermicompostaje, representando o una alternativa sostenible en el tratamento de residuos en entornos de protección ambiental.openAccesscoagulantesvermicompostagemresíduosproteção ambiental