Ziemann, Marcos Afonso Lopes2025-02-252025-02-2520242024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8829Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Filosofia – Licenciatura.Sendo nossa liberdade individual uma das discussões milenares mais acirradas, é também uma das questões fundantes da teologia cristã e da filosofia moral contemporânea. Aurélio Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) & Anício Mânlio Torquato Severino Boécio (Santo Boécio) foram dois dos principais intelectuais do período medieval que abordaram de maneira brilhante e exaustiva a natureza de tal conceito, aprofundando-o em suas obras. Para os Santos; nosso Livre-arbítrio seria a capacidade concedida por Deus, de nos permitir fazer escolhas morais. No entanto, devido ao pecado original, a vontade humana estaria inclinada ao mal, o que tornaria complicada essa escolha ao sumo bem, que é Deus. Tornando-a, nossa escolha, dependente da graça divina para ser reorientada e fortalecida, na compreensão de Agostinho. Já Boécio argumentou que o livre-arbítrio é essencial para a moralidade e a responsabilidade humana. Ele defende que, embora Deus tenha conhecimento de tudo o que acontecerá (onisciência), isso não implica que as ações humanas sejam predestinadas ou que os indivíduos não tenham liberdade para agir. Para Boécio, o conhecimento prévio de Deus não interfere na liberdade das escolhas humanas; em vez disso, a liberdade é um aspecto fundamental da condição humana. Ambos os filósofos concordam que o Livre-arbítrio é a capacidade humana que nos permite fazer escolhas morais.viopenAccessA dialética do livre-arbítrio: reflexões desde as musas até a filosofia medieval