Klering, Joyce Cristina2025-08-112025-08-112025-08-11https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9196Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino- Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Relações Internacionais e Integração.O presente trabalho investiga a relação entre a alta gastronomia e a produção de hierarquias internacionais no mundo gastronômico, compreendendo-a como uma ferramenta da colonialidade do poder. A pesquisa delimita-se ao resgate histórico da origem da alta gastronomia, identificando os processos internos da Europa que, posteriormente, foram difundidos para o restante do mundo por meio da colonização. Com base nos aportes da Teoria Decolonial, argumenta-se que a alta gastronomia é, ao mesmo tempo, um produto da colonialidade e um instrumento de sua reprodução. Por fim, realiza-se uma análise crítica dos rankings gastronômicos internacionais. A criação e consolidação do Guia Michelin é examinada a partir de uma revisão bibliográfica, enquanto a lista “Os 50 Melhores Restaurantes do Mundo” é analisada com base nas edições anuais publicadas entre 2006 e 2024, a partir disso, observa-se a abrangência internacional do ranking e o perfil dos restaurantes latino-americanos nele contemplados. Dessa forma, demonstra-se como os critérios de valorização, moldados segundo referências do Norte Global, contribuem para a exclusão de saberes alimentares locais e para a perpetuação de uma estética culinária eurocentrada. Resumen El presente trabajo investiga la relación entre la alta gastronomía y la producción de jerarquías internacionales en el mundo gastronómico, entendiéndose como una herramienta de la colonialidad del poder. La investigación se delimita al rescate histórico del origen de la alta gastronomía, identificando los procesos internos de Europa que, posteriormente, fueron difundidos al resto del mundo por medio de la colonización. Con base en los aportes de la Teoría Decolonial, se argumenta que la alta gastronomía es, al mismo tiempo, un producto de la colonialidad y un instrumento para su reproducción. Finalmente, se realiza un análisis crítico de los rankings gastronómicos internacionales. La creación y consolidación de la Guía Michelin es examinada a partir de una revisión bibliográfica, mientras que la lista “Los 50 Mejores Restaurantes del Mundo” es analizada con base en las ediciones anuales publicadas entre 2006 y 2024. A partir de ello, se observa el alcance internacional del ranking y el perfil de los restaurantes latinoamericanos allí contemplados. De este modo, se demuestra cómo los criterios de valoración, estructurados según referencias del Norte Global, contribuyen a la exclusión de saberes alimentarios locales y a la perpetuación de una estética culinaria eurocentrada.viopenAccessgastronomiacolonizaçãoTeoria DecolonialGuia MichelinTeoria Decolonial e alta gastronomia: uma análise desde suas origens até os rankings internacionais