Clermon, Djanamy2025-09-092025-09-092025-09-09https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9330Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração Pública e Políticas Públicas.O objetivo deste trabalho consiste em uma análise sobre a situação migratória no Brasil contemporâneo. Tendo em vista que o Brasil é reconhecido como um dos países acolhedores da América Latina, interessa compreender como o Estado brasileiro tem lidado com os diferentes perfis de migrantes que acolhe, e quais os desafios enfrentados por estes devido a suas condições migratórias, bem como a seu perfil racial dado à herança colonial brasileira e os processos recentes de erosão democrática que trazem à tona elementos como racismo e xenofobia. De início, foi realizado um levantamento bibliográfico, que inclui artigos científicos, teses, dissertações, livros e relatórios técnicos elaborados por órgãos nacionais e internacionais (como ONU, OIM, IBGE, entre outros). Assim, foi possível mapear o fluxo migratório para o Brasil e para a região trinacional do Iguaçu – localidade em que a autora da pesquisa se encontra – e revisar o marco legal e institucional, na forma de legislação e de ações para migrantes no Brasil e demais países que convergem nesta região de fronteira. Considerando que a migração feminina é frequentemente negligenciada nos estudos, fez-se necessário trazer uma abordagem sobre a interseccionalidade no contexto migratório. As discussões sobre essa abordagem permitiram entender a condição das mulheres migrantes, em especial afrodescendentes, com ênfase no seu processo de integração, na região da tríplice fronteira. Por meio de questionários aplicados a mulheres negras da região, e entrevistas realizadas com lideranças de instituições que atuam no acolhimento dessa categoria, observou-se padrões nos desafios enfrentados por mulheres negras e migrantes da tríplice fronteira, notadamente nos aspectos relativos ao acesso a serviços essenciais como saúde, atendimento psicológico e inserção no mercado formal de trabalho. Resumen El objetivo de este trabajo consiste en un análisis de la situación migratoria en el Brasil contemporáneo. Teniendo en cuenta que Brasil es reconocido como uno de los principales países de acogida de América Latina, interesa comprender cómo el Estado brasileño ha abordado los diferentes perfiles de migrantes que recibe, y cuáles son los desafíos que estos enfrentan debido a sus condiciones migratorias, así como a su perfil racial, dada la herencia colonial brasileña y los recientes procesos de erosión democrática que ponen de manifiesto elementos como el racismo y la xenofobia. Inicialmente, se realizó una revisión bibliográfica que incluye artículos científicos, tesis, disertaciones, libros e informes técnicos elaborados por organismos nacionales e internacionales (como la ONU, la OIM y el IBGE, entre otros). De este modo, fue posible mapear el flujo migratorio hacia Brasil y la región trinacional del Iguazú – localidad donde se encuentra la autora de la investigación– y revisar el marco legal e institucional, en forma de legislación e iniciativas para migrantes en Brasil y en los demás países que convergen en esta región fronteriza. Considerando que la migración femenina es frecuentemente ignorada en los estudios, se hizo necesario incorporar un enfoque de interseccionalidad en el contexto migratorio. Las discusiones sobre este enfoque permitieron comprender la condición de las mujeres migrantes, en especial las afrodescendientes, con énfasis en su proceso de integración en la región de la Triple Frontera. Mediante cuestionarios aplicados a mujeres negras de la región y entrevistas realizadas a líderes de instituciones que trabajan en la acogida de este colectivo, se observaron patrones en los desafíos que enfrentan las mujeres negras migrantes de la Triple Frontera, particularmente en los aspectos relativos al acceso a servicios esenciales como la salud, la atención psicológica y la inserción en el mercado laboral formal.openAccessmigrantesracismoxenofobiamulheres