Santos, Debora Duarte dos2017-08-112017-08-112016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2187IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Em “Locas, milicos y fuziles” (2011), Cecilia Palmeiro expõe que Néstor Perlongher convoca os processos dissidentes e antiautoritários nos quais suspende a hierarquia dos gêneros canônicos, a escrita normalizadora, a subjetividade homogênea, localizando no centro da discussão o corpo como espaço de revolução e resistência. Uma década antes, Cangi (2000) já tinha chamado a atenção para as operações de insubmissão que jazem na poética e na ensaística perlongherianas, colocandonos diante de uma questão crucial: a do olhar convencional em crise. Gasparini (2010) também tratou dos processos de insubordinação, sinalizando que o fenômeno sucede no espaço linguístico como uma espécie de deslocamento ou imigração realizados desde o portunhol. A partir desses autores, vemos que o argentino Néstor Perlongher foi um pensador callejero que buscou subtrair as coisas de sua comodidade habitual, promovendo uma poética cujas diligências e dicções ganharam contornos particulares. No poeta, palavra e corpo possuem espessuras contiguas, que desmantelam todo e qualquer tipo de enquadramento fixo. Consoante, é de nosso interesse discutir como tais questões são trabalhadas a partir dos elementos “voz” e “escuta”, consideradas suas dimensões reais e imaginárias. A análise terá como ponto de partida o poema “Cadáveres”, um dos mais emblemáticos de sua produção; a leitura que o próprio poeta fez do poema em questão ambos lidos a partir do conceito de escucha imaginaria desenvolvido por Ana Porrúa em sua obra Caligrafía tonal: ensayos sobre poesía (2011)poropenAccessNéstor Perlongher (1949-1992) - antropólogo argentinoA indisciplina do verso: voz e escuta em Néstor PerlongherconferenceObject