Arribasplata, Diego Simón Ramírez2024-06-212024-06-212024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8354As doenças neurodegenerativas caracterizam-se pela degeneração gradual da estrutura e função do sistema nervoso central e têm como principal fator de risco o envelhecimento. O progressivo declínio das funções cognitivas e/ou motoras dos indivíduos acometidos faz com que, em muitas situações, seja necessário um cuidado integral por parte de um integrante da família. Essa tarefa assistencial, a depender do grau de comprometimento cognitivo do idoso, pode promover uma significativa sobrecarga emocional, impactando, consequentemente, a qualidade de vida do cuidador familiar. Objetivou-se com este trabalho relatar e discutir um caso clínico, no contexto da Atenção Primária à Saúde, que evidencia os impactos na saúde mental do responsável pelos cuidados de um idoso com doenças neurodegenerativas. O estudo foi realizado a partir de informações que foram obtidas por meio da revisão do prontuário, entrevista com a paciente e revisão de literatura. A paciente feminina, de 57 anos, apresentou-se para consulta médica em Unidade Básica de Saúde queixando-se de ansiedade com sensação de pânico, tristeza persistente e apatia com isolamento social. Em sua entrevista clínica, expôs que está desempregada e é responsável em tempo integral pelos cuidados de seu pai, de 82 anos, diagnosticado com doença de Alzheimer e doença de Parkinson. Cabe à equipe multiprofissional da APS um olhar diferenciado para esta situação, que pode vir a se tornar cada vez mais comum com o rápido envelhecimento populacional e consequente aumento de doenças neurodegenerativas.viopenAccessSaúde MentalCuidador FamiliarDemência SenilAtenção Primária a Saúde