Silva, RonaldoSouza, Angela Maria de2017-02-232017-02-232015-11https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/1217Anais do IV Encontro de Iniciação Científica da Unila - “UNILA 5 anos: Integração em Ciência, Tecnologia e Cultura na Tríplice Fronteira” - 05 e 06 de novembro de 2015 – Sessão Ciência Política, Sociologia, Filosofia e AntropologiaA América Latina e o Caribe emanam em um contexto político-cultural e histórico, marcado por lutas, resistências e reexistência de milhares de pessoas na tentativa de se reafirmarem diante as marcas deixada pelas políticas escravocratas. Não obstante, a insurgência de movimentos políticos sociais e culturais, pós-ditadura militar (1980-90), revelaram-se determinantes no processo de (re)democratização dos Estados latino-americanos marcado pela emergência de uma agenda de políticas públicas voltadas as demandas locais e regionais. Desde a década de 1990, vive-se na América Latina uma insurgência político-social na promoção de uma agenda pública voltada para as populações afro-descendentes, na forma de ações afirmativas e de afro-reparações. No entanto, para compreender o desenvolvimento de uma agenda de políticas públicas (Souza, 2006) voltadas para as populações afrodescendentes, analisa-se no Brasil e na Colômbia, através de um um levantamento de dados, quantitativos e qualitativos, a criação das diretrizes e implementação das políticas públicas de ações afirmativas e reparações voltadas para a educação. Como abordagem teórico-metodológico, utilizou-se conceitos e concepções sobre: Atlântico Negro (GILROY, 2001), Cultura (GEERTZ, 2011; BHABHA, 2010; WILLIAMS, 2011), Colonialismo (CÉSAIRE, 1978; QUIJANO, 2005), Diáspora, Identidade negra e negritude (HALL, 2011; MUNANGA, 2012), Espaço (GOTTDIENER, 2010), Nação (SEGATO, 2007), Sociedade (CASTELLS, 2001; GILDDENS, 2009). O contexto de criação e implementação das políticas públicas de ações afirmativas e reparações voltadas para as populações afro-latino-americanas, no Brasil e na Colômbia, permite-nos olhar dois Estados-nação com maiores números de populações negras, marcados por insurgências de lutas e reivindicações de direitos humanos fundamentais, por visibilidades e reconhecimentos de uma agenda pública que permaneceu apagada durante anos. Pois, as agendas públicas de ações afirmativas e reparações em ambos países, caracterizam-se determinantes diante as especificidades culturais e a própria forma como, cada Estado-nação, define o pertencimento étnico-racial de sua população. Seja na análise do pertencimentos local à construção de suas identidades e suas nações. Dessa forma, o contexto de estruturação e o de desenvolvimento de ações afirmativas e de reparações, evidenciam no século XXI, a necessidade de reconhecimento das heranças histórico-culturais que a escravização e o genocídio de milhões de negros e índios. As marcas da conquista e invenção do Novo Mundo revela a instauração e construção do poder colonial, histórico mundial, na produção de modelos de classificação social, cultural, econômico e estratificação de raça, classe, poder, etc. (QUIJANO, 2005). Contudo, se faz necessário reafirmar a importância da promoção de agendas de políticas públicas que possam minimizarem as desigualdades e criar mecanismos de integração social, cultural e econômico, diminuindo assim, as assimetrias que marcam estas populações. Agradecemos ao PIBIC-UNILA pela bolsa de iniciação científica concedida.poropenAccessPolíticas públicasAções afirmativasMovimento de ações Afro-reparaciones: (Re)pensando as identidades negras na América LatinaconferenceObject