Peres, Heloise Novacovski2025-09-042025-09-042025-09-04https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9305Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia.Os métodos in silico ajudam a identificar riscos potenciais de compostos em estágios iniciais do desenvolvimento de medicamentos, podendo reduzir a necessidade de testes em animais, além de identificar potenciais alvos farmacológicos, perfil farmacocinético e toxicológico de substâncias. Por outro lado, a busca pela terapia canabinoide avança no Brasil para diferentes distúrbios neurológicos, metabólicos e neuropsiquiátricos, colocando os derivados da planta Cannabis sativa L. como uma fonte promissora para novos medicamentos fitoterápicos. Frente a essa realidade medicinal, o estudo farmacológico e toxicológico dos metabólitos ativos da planta, tais como o canabigerol (CBG), um canabinoide precursor de outros fitocanabinoides, é de suma importância.O estudo tem como objetivo realizar um levantamento toxicológico e farmacológico através da predição utilizando ferramentas in silico, avaliando o perfil toxicológico e farmacológico do fitocanabinoide canabigerol. Foram utilizadas três plataformas de predição, sendo elas, AdmetSAR, Pro Tox III e PASSonline. O estudo demonstrou que o CBG apresenta boa absorção intestinal, permeabilidade celular (Caco-2), e baixa toxicidade geral, além de não ser mutagênico nem carcinogênico, segundo as predições. A molécula mostrou potencial de atuação mitocondrial, efeitos neuroprotetores, anti-inflamatórios, antioxidantes, além de interações importantes com receptores e enzimas que podem ser exploradas em contextos terapêuticos diversos. Foram observadas diversas concordâncias e discrepâncias entre os resultados das ferramentas em comparação com dados da literatura, bem como a ausência de trabalhos que corroborassem as predições. O canabigerol é um canabinoide menor menos estudado que o THC e o CBD, por exemplo, e isso demonstra que são necessários crescentes estudos acerca de sua toxicidade e seu potencial farmacológico, para que os resultados auxiliem o fornecimento de dados relevantes para contribuir com futuros estudos clínicos sobre o uso medicinal do CBG e sua aplicação em formulações para fármacos.viopenAccesscanabinoidesmedicamentosFarmacologia