Jucá, Matheus Henrique2024-08-092024-08-092024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8461A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada preferencial do SUS, bem como a principal coordenadora do cuidado do indivíduo. A APS resolutiva e oportuna é capaz de reduzir internações, gerar economia ao sistema de saúde e melhorar a qualidade de vida do usuário. Apesar disso, alguns grupos, ainda enfrentam grandes dificuldades no acesso a esse nível de atenção, como as Pessoas Privadas de Liberdade. Este estudo tem como objetivo principal identificar a prevalência de internações por condições sensíveis à APS a partir do setor destinado a população privada de liberdade do hospital terciário de referência do município de Foz do Iguaçu. Foram coletados dados por meio de revisão retrospectiva de prontuários médicos de todas as internações ocorridas no setor entre os meses de novembro de 2023 e fevereiro de 2024. Internações por infecções, condições psiquiátricas e lesões por causas externas foram prevalentes no setor. As taxas de internação tanto por condições sensíveis e não sensíveis à APS foram significativamente maiores entre os privados de liberdade do estudo em comparação com um brasileiro qualquer nos piores cenários do início do século. Dos motivos de internação no setor, 73% foram considerados sensíveis à APS. Os resultados deste estudo evidenciam a preocupante realidade da saúde da população carcerária, que apresenta taxas de internações por condições sensíveis à APS muito superiores à população geral. As possíveis causas para essa situação incluem a falta de acesso à APS de qualidade no cárcere, as precárias condições de saúde nesse ambiente e o histórico de negligência à saúde dessa população.viopenAccessAtenção primária à SaúdeInternações por Condições Sensíveis à Atenção PrimáriaPessoas Privadas de LiberdadeFoz do IguaçuOther