Flores, Grecia Antonella Nina2024-11-042024-11-042024NINA FLORES, Grecia Antonella. Ação antitumoral de extratos enzimáticos produzidos por fungos filamentosos isolados da Antártica. 2024. 80 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biotecnologia) - Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2024.https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8615Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biotecnologia. Orientação: Prof. Dr. Jorge Luis María Ruiz e Prof. Dr. Michel Rodrigo Zambrano Passarini.A L-asparaginase é uma enzima amplamente utilizada no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e na indústria alimentícia. No contexto terapêutico, sua ação envolve a inibição do crescimento de células tumorais ao reduzir a disponibilidade de asparagina no organismo. Atualmente, as enzimas utilizadas na terapia de LLA são produzidas por Dickeya chrysanthemi e Escherichia coli, porém, apresentam diversos efeitos adversos, que podem estar relacionados às atividades de glutaminase e urease. A bioprospecção em ambientes frios, como o continente Antártico, surge como uma alternativa promissora para a busca de enzimas com propriedades diferenciadas. Este estudo avaliou a produção de L-asparaginase por 39 fungos isolados de solo e madeira da Ilha Rei George, na Antártica, focando na obtenção de L-asparaginase livre de glutaminase e urease por 39 fungos isolados de amostras de solo e madeira da Antártica. Além disso, foram investigados os efeitos dos extratos fúngicos em células endoteliais microvasculares do cérebro humano (HBMEC), fibroblastos pulmonares humanos normais (MRC-5) e células de adenocarcinoma pancreático (MIA PaCa-2). Dos 39 fungos testados, três apresentaram produção apenas de L-asparaginase. Os fungos isolados de amostras de madeira, FM2.1 e FMR1.1, apresentaram os maiores índices enzimáticos. Os resultados do ensaio MTT mostraram que ambos os extratos fúngicos possuem um IC50 menor que o do extrato puro, e essa diferença é mais notável na linhagem celular cancerígena MIA PaCa-2 em comparação às outras linhagens não cancerígenas. Na análise de microscopia de fluorescência das MIA PaCa-2, foram observadas deformações no citoesqueleto e no núcleo das células tratadas com os extratos fúngicos em uma concentração de 50%, além de uma redução na quantidade de células, diferente do controle e da concentração de 20%. Esses resultados sugerem que a L-asparaginase produzida pelos fungos antárticos têm potencial para aplicação no tratamento de câncer pancreático, incentivando futuras pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre a composição dos extratos e a caracterização enzimática.viopenAccessbioprospecçãoL-asparaginasemicrorganismos antárticosação antitumoralMIA PaCa-2.Ação antitumoral de extratos enzimáticos produzidos por fungos filamentosos isolados da Antártica.Thesis