Caser, Maria Mirtis2017-09-152017-09-152016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2358IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Nesta leitura de Aquí pasan cosas raras, de Luisa Valenzuela, analisamse os acontecimentos violentos e insanos que fraturam a vida cotidiana da gente comum, moradora de uma capital, que, em alguns dos relatos, é diretamente nomeada Buenos Aires. Surpreendidas pelo nonsense dos episódios orquestrados pelas forças policialescas dos promotores da chamada “Guerra sucia”, as personagens tentam sobreviver apesar do medo, da angústia, da insegurança, da “cuerda floja” em que têm de se equilibrar. Com ironia, humor negro, e jogos de palavras que caracterizam seu discurso, a contista mimetiza a estupefação produzida pelo efeitos da política imposta pela ditadura. Nos relatos “Aquí pasan cosas raras”, que dá título à compilação, “Los mejor calzados”, “Sursum corda” ou “El lugar de su quietud”, Valenzuela registra o silêncio imposto pelo autoritarismo, a inevitável autocensura do narrador e a imobilidade coletiva frente aos desmandos oficiais. As anotações de Luis Alberto Romero (2004) e de Francine Masiello (1987) sobre o “Proceso” na Argentina e de Andrea Parada (1999) sobre a revisão histórica estabelecida pelo discurso valenzuelano compõem a base da crítica para o trabalhoporopenAccessLuisa Valenzuela (1938- ) - escritora argentinaO cotidiano fraturado em Aqui pasan cosas raras, de Luisa ValenzuelaconferenceObject