OrientaçãoPedry, Gabriel Rossetto2020-12-232020-12-232020-12-23https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/6009Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Infraestrutura e Território da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil de Infraestrutura.A indústria da construção civil gera impactos ambientais pelo elevado consumo de recursos naturais, geração de resíduos ou produção de gases poluentes, que contribuem para a intensificação do efeito estufa. Assim, tem-se estudado o fenômeno da carbonatação dos materiais cimentícios como forma de capturar e estocar o CO2 atmosférico para minimizar os problemas ambientais causados por este gás, de modo a mitigar as emissões ocasionadas pela indústria cimenteira. Contudo, os estudos já desenvolvidos desconsideram o efeito de proteções superficiais, o qual é a situação real da maioria dos revestimentos de argamassas, na difusão de dióxido de carbono nos materiais. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a influência da proteção superficial do tipo pintura imobiliária na captura de CO2 devido à carbonatação em argamassas de revestimento. Para isso foram produzidos corpos de provas prismáticos de argamassas no traço 1:1:6, variando-se o sistema de pintura aplicado à superfície, que foram comparados com amostras de referência (sem proteção superficial). Nas amostras com proteção superficial, foram empregadas quatro diferentes tintas imobiliárias tipo premium (látex PVA, acrílica fosca, acrílica acetinada e acrílica semibrilho), todas em tons neutros. As amostras foram submetidas a três diferentes ambientes de exposição natural (ambiente interno, externo protegido e externo desprotegido) e, também, submetidas à carbonatação acelerada a uma temperatura de 23°C, umidade de 60% e uma concentração de 5% de CO2. Foram coletados resultados de profundidade de carbonatação em diferentes idades de exposição ao CO2 natural (64, 100, 190 dias) e acelerado (0, 10 dias). Os resultados mostraram que a proteção superficial do tipo pintura imobiliária reduziu consideravelmente a velocidade de difusão de CO2 e, consequentemente, a taxa de captura de CO2 pela reação de carbonatação. Verificou-se, ainda, que a profundidade de carbonatação foi maior em amostras sem proteção superficial, seguida das amostras com pintura tipo látex PVA e acrílica, sendo que para o ambiente externo protegido da chuva, aos 190 dias de exposição natural ao CO2, as amostras com tinta acrílica apresentaram redução média de 71,24% e 273,89% na profundidade de carbonatação, quando comparadas com tinta látex PVA e sem proteção superficial, respectivamente. Observou-se também que as amostras que receberam proteção superficial do tipo acrílica apresentaram frente de carbonatação muito próximas entre os diferentes tipos de acabamento (fosca, acetinada e semibrilho), demonstrando a alta potencialidade protetiva das tintas acrílicas. Portanto, com os resultados obtidos, constata-se que os estudos voltados ao tema de captura de CO2 ao longo do ciclo de vida dos materiais à base de cimento devem considerar o efeito da proteção superficial, uma vez que estas reduzem consideravelmente a difusão de CO2 para o interior dos materiais, comprometendo a velocidade de propagação da frente de carbonatação.poropenAccessDifusão de CO2. Sequestro de carbono. Materiais a base de cimento. Estocagem de carbono.Avaliação do Efeito da Proteção Superficial (Pintura) na Captura de Co2 devido à Carbonatação de Argamassas de RevestimentobachelorThesis