Espindola, Vania Pilar Chacon2017-09-202017-09-202016-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/2470IX Congresso Brasileiro de Hispanistas realizado nos dias 22 a 25 agosto 2016Entre os gêneros narrativos presentes nos séculos XVI e XVII, o pastoril esteve muito em voga nesse período, juntamente com as novelas de cavalaria. Apresentando um cenário bucólico, em que a natureza tem o papel preponderante, as novelas pastoris eram compostas por uma mescla de prosa e verso, historias intercaladas, églogas, cartas, com o predomínio do tema amoroso. Entretanto, apesar da grata acolhida dos leitores da época, havia uma censura ao gênero proveniente tanto de escritores humanistas quanto do meio eclesiástico, uma vez que essas produções se afastavam dos preceitos aristotélicos em função de seu caráter inverossímil. Essas questões se justificam no momento em que são observadas as características do personagem, no caso o pastor, pois não há uma correspondência entre a sua caracterização interna e a externa; o que gera uma falta de adequação entre o caráter do personagem e a maneira como se expressa, comportamento, aparência, falas e ações. Assim, esse trabalho se limitará em analisar o episódio dos pastores na novela exemplar El coloquio de los perros de Miguel de Cervantes, na passagem em que seu protagonista apresenta o mesmo questionamento à tipologia do pastor como personagem. O objetivo desse estudo está em demonstrar que Berganza, ao empreender uma censura irônica com um tom que tende à comicidade, transforma o que poderia ser um discurso moralizador em uma narrativa com tendências satíricasporopenAccessGênero pastorilEl Coloquio de los PerrosO gênero pastoril e o mundo às avessas na novela exemplar: El Coloquio de los Perros – o episódio dos pastoresconferenceObject