Brixner Züge, Felipe2024-05-082024-05-082024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8138Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial para a obtenção de título de licenciado em História - Licenciatura.O estudo analisa a influência da narrativa antimaçônica na produção intelectual de Gustavo Barroso, destacado autor das milícias integralistas, e sua contribuição para a construção do anticomunismo no Brasil durante a década de 1930. O objetivo é investigar como as obras de Barroso influenciaram o Plano Cohen (1937) e a retórica anticomunista da época, e que serviram como arcabouço para a proclamação do Estado Novo de Vargas (1937-1945). Para tal fim, foi feita uma análise comparativa das obras de Barroso, como "Judaísmo, Maçonaria e Comunismo" (1937) e "A História Secreta do Brasil" (1937), com trechos do Plano Cohen que fazem menção direta à maçonaria. Os resultados revelam a visão de Barroso sobre a maçonaria, comunismo e judaísmo, destacando a associação desses elementos em um suposto plano judaico-comunista de dominação mundial. Barroso propagava ideias antissemitas e anticomunistas, alegando que o comunismo e o capitalismo eram controlados pelos judeus e visavam destruir a civilização cristã. Suas obras contribuíram para disseminar uma narrativa de conspiração que alimentava o anticomunismo e posições antimaçônicas. Após a divulgação do Plano Cohen, houve uma intensificação do sentimento anticomunista na sociedade, levando ao fechamento de lojas maçônicas e ações contra supostos elementos subversivos. A análise histórica de Barroso fornece aspectos relevantes sobre as forças que moldaram e moldam o presente político brasileiro, destacando a ressurgência de posições autoritárias e ultranacionalistas, e como estas posições por vezes se utilizam da construção de um discurso conspiratório e preconceituoso para justificação de suas ações.viopenAccessGustavo Barrosoplano CohenmaçonariaanticomunismoO Plano Cohen e a construção da narrativa maçônica como estratégia anticomunista na produção intelectual de Gustavo Barroso (1937).