Melo, Geovana Alves de2024-09-172024-09-172024https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/8504Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Relações Internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Mestra em Relações Internacionais.Esta dissertação propõe discutir a expansão das fronteiras dos Estados Unidos pela América Central a partir de aparatos necropolíticos, articulados assim a fim de conter a migração de latino-americanos para o território estadunidense. Como ponto de partida, trago as Caravanas de Migrantes, em especial as de 2018 e 2019, em que milhares de migrantes centro-americanos se reuniram para caminharem juntos, às claras, até a fronteira do México com os EUA. Pergunto como, através das Caravanas, os migrantes são capazes de expor tal expansão fronteiriça, contestá-la e tensioná-la a partir de seus movimentos, estratégias e corpos, individual e coletivamente. A partir de uma abordagem qualitativa, realizo uma revisão teórica sobre fronteiras e necropolítica, em conjunto a um repasse histórico sobre as migrações latino-americanas para os EUA e suas políticas fronteiriças, bem como à análise de relatos, documentos e estudos etnográficos com foco no movimento migrante e sua relação com os processos de fronteirização. Objetivo, assim, construir uma reflexão que articule uma investigação da descentralização do reforço das fronteiras a um olhar a partir dos corpos em movimento através delas – os quais se tornam manifestações das dinâmicas neocoloniais de extermínio e desapropriação que constroem as fronteiras estadunidenses com a América Latina.viopenAccessfronteirasnecropolíticaCaravanas de MigrantesmigraçãoEstados UnidosAmérica Central.Por onde sangram as fronteiras: a primeira Caravana de Migrantes (2018) frente ao necropoder das rotas migratórias entre Mesoamérica e Estados Unidos.