Moreno, Valeria Maria Sol Correa2025-09-082025-09-082025-09-08https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9320Este trabalho analisa os impactos da barreira linguística no acesso e na qualidade da Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente em contextos multiculturais como o de Foz do Iguaçu, cidade situada na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. Realizou-se uma revisão bibliográfica narrativa com base em artigos científicos de acesso aberto publicados entre 2020 e 2024 nas bases SciELO, BMC Public Health, Revista da Escola de Enfermagem da USP, entre outras, além de documentos institucionais da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Foram selecionadas publicações que abordam experiências de atendimento a imigrantes, barreiras comunicacionais e estratégias adotadas no contexto da APS no Sistema Único de Saúde. Os resultados apontam que a barreira linguística compromete a escuta qualificada, dificulta o vínculo terapêutico e aumenta o risco de erros de diagnóstico e de conduta, afetando a adesão ao tratamento. Identificou-se que profissionais de saúde frequentemente improvisam o atendimento, utilizando tradutores informais ou aplicativos, o que acarreta riscos éticos e operacionais. A literatura também destaca a vulnerabilidade ampliada de populações como mulheres imigrantes e refugiadas, que enfrentam barreiras múltiplas no ambiente de cuidado. No entanto, algumas experiências bem-sucedidas foram identificadas, como a produção de materiais bilíngues, a atuação de agentes comunitários de saúde com domínio de outros idiomas e a criação de protocolos institucionais para o acolhimento multilíngue. A revisão conclui que a barreira linguística representa um determinante social da saúde e deve ser enfrentada por meio de políticas públicas intersetoriais, formação continuada das equipes, envolvimento das comunidades migrantes e garantia do direito à comunicação como parte essencial do cuidado integral.viopenAccesspolíticas públicasmigrantescomunicaçãobarreirasA influência da barreira linguística no acesso e na qualidade do atendimento em saúde na atenção primária em Foz do Iguaçu, cidade de tríplice fronteira