Amancio, Tamiris2025-06-052025-06-052025-06-05https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/9120Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em História.Esta dissertação investiga as práticas de resistência comunitária e a aplicação da Museologia Social por meio do estudo do Museu das Remoções, localizado na Vila Autódromo, no Rio de Janeiro. Criado como resposta aos processos de remoção promovidos pelo Estado durante os megaeventos esportivos Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016, o museu emerge como um espaço de contestação ao discurso de desenvolvimento urbano e "legado olímpico", que legitimaram remoções forçadas e exclusão de comunidades vulneráveis. Fundamentada em teorias de Museologia Social e historiografia crítica, a pesquisa utiliza os aportes de Moutinho (1993, 2021), Varine (2005, 2009, 2012), Chagas (2007, 2009, 2011), Spivak (1988, 2010), Harvey (1996, 2005) e Rolnik (2019), entre outros, para discutir como os museus comunitários operam como ferramentas de resistência cultural e política frente a políticas de urbanização excludentes. A análise qualitativa, baseada em um estudo de caso, combina métodos como análise documental, registros digitais e produções audiovisuais para capturar as narrativas da comunidade. O estudo utiliza a Museologia Social como eixo teórico central, articulando-se com a historiografia crítica de Spivak para compreender as vozes subalternas no contexto das remoções urbanas. Harvey e Rolnik oferecem subsídios para explorar a relação entre empresariamento urbano, gentrificação e resistência territorial. Os resultados mostram que o Museu das Remoções desempenha um papel crucial na preservação da memória coletiva e no fortalecimento dos laços sociais e territoriais das comunidades afetadas, ao mesmo tempo que atua como contranarrativa às representações oficiais de progresso urbano. Conclui-se que o Museu das Remoções é um agente transformador na luta pelo direito à cidade, proporcionando visibilidade às identidades locais e denunciando os impactos das remoções. Ele se insere em um movimento mais amplo de resistência cultural e política, reafirmando a relevância dos museus comunitários na valorização das memórias periféricas e na contestação das dinâmicas excludentes das políticas urbanas. Resumen Esta disertación analiza las prácticas de resistencia comunitaria y la aplicación de la Museología Social a través del estudio del Museo de las Remociones, ubicado en la Vila Autódromo, en Río de Janeiro. Este museo fue creado como respuesta a los procesos de remoción promovidos por el Estado durante los megaeventos deportivos Copa del Mundo de 2014 y Juegos Olímpicos de 2016, en los que el discurso de desarrollo urbano y "legado olímpico" legitimó desplazamientos forzados y la exclusión de comunidades vulnerables. Basada en teorías de Museología Social e historiografía crítica, la investigación utiliza los aportes de Moutinho (1993, 2021), Varine (2005, 2009, 2012), Chagas (2007, 2009, 2011), Spivak (1988, 2010), Harvey (1996, 2005) y Rolnik (2019), entre otros, para discutir cómo los museos comunitarios funcionan como herramientas de resistencia cultural y política frente a políticas de urbanización excluyentes. El análisis cualitativo, basado en un estudio de caso, combina métodos como análisis documental, registros digitales y producciones audiovisuales para captar las narrativas de la comunidad. La Museología Social se establece como el eje teórico central, complementado con la historiografía crítica de Spivak para analizar las voces subalternas en el contexto de las remociones urbanas. Harvey y Rolnik aportan elementos clave para explorar la relación entre el empresariado urbano, la gentrificación y la resistencia territorial. Los resultados muestran que el Museo de las Remociones desempeña un papel crucial en la preservación de la memoria colectiva y en el fortalecimiento de los vínculos sociales y territoriales de las comunidades afectadas, actuando como una contranarrativa frente a las representaciones oficiales del progreso urbano. Se concluye que el Museo de las Remociones es un agente transformador en la lucha por el derecho a la ciudad, visibilizando las identidades locales y denunciando los impactos de las remociones. Se inserta en un movimiento más amplio de resistencia cultural y política, reafirmando la relevancia de los museos comunitarios en la valorización de las memorias periféricas y la contestación de las dinámicas excluyentes de las políticas urbanas.openAccessmuseuhistoriografiaurbanizaçãopolíticas urbanasMemória não se remove: práticas de resistência e Museologia Social no Museu das Remoções